A paixão pelas luzes vem de criança. Sempre gostou de ver a iluminação das aldeias, vilas e cidades durante a noite. Os "segredos" dos reclames luminosos fizeram sempre parte do seu imaginário enquanto menina. Aos 42 anos, Armanda Maria Noro Reis Pinto continua a visitar lugares onde a iluminação se destaque. Mas foi há três anos que chamou a si uma tarefa para a qual apenas conta com a ajuda da mãe.
.
A ideia já fervilhava há algum tempo, mas faltavam os meios para a concretizar. Fechou os olhos, colocou as mãos na carteira e sem fazer contas, começou a comprar gambiarras e elementos decorativos alusivos à época natalícia de todos os géneros e feitios. Acrescentou-lhe uma dose de imaginação, um determinação férrea e, só este ano, no início de Dezembro, conseguiu depois de mais de um mês e meio de trabalho ligar o interruptor que deu luz e cor à vivenda que habita na Rua dos Barreiros na Granja do Ulmeiro, concelho de Soure.
.
Nos últimos dois anos a casa já esteve decorada e foi visitada por centenas de pessoas que por ali passam apenas para observar os pormenores da decoração e o impacto que tem a iluminação da moradia numa rua pouco urbanizada.
.
As pessoas param, olham, e Armanda diz sentir-se gratificada apenas com o brilho do olhar das crianças. Ela própria se considera uma "miúda" quando perde horas a ver as decorações de Natal. Sabe que quando chegar ao dia 7 de Janeiro e tiver de desligar as luzes vai chorar, não por ter de pagar uma factura à EDP, de mais de 500 euros, mas por faltarem 11 meses até ao próximo Natal.
.
.
In Jornal de Notícias
0 comentários:
Enviar um comentário