Obra-prima ecológica faz elogio do Natal

. sábado, 8 de dezembro de 2007
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É uma árvore de Natal mais do que especial. Feita com desperdícios, é um hino ao ambiente e, ao mesmo tempo, um presente especial, concebido pelos pais dos alunos do Jardim--de-Infância de Vila Nova de Anços. A árvore dá as boas-vindas a residentes e visitantes.
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Imaginação e boa-vontade conjugaram-se com muito carinho e daí resultou uma obra-prima da evocação natalícia. Falamos da árvore de Natal gigante que se encontra instalada na rotunda de Vila Nova de Anços. A semente foi lançada pelas educadoras do jardim-de-infância e os pais dos 26 alunos foram o terreno fértil para o desenvolvimento do projecto. O resultado é esmagador e amigo do ambiente.
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Helena Cardoso e Teresa Mafalda apresentaram o projecto aos pais, em Novembro, integrado no plano geral de actividades a desenvolver ao longo do ano pelos mais pequenos que frequentam jardim-de-infância de Vila Nova de Anços, no concelho de Soure. Porque a Natureza e o Ambiente merecem uma atenção especial nos trabalhos a efectuar pelos filhos, numa reunião com os pais estes foram convidados a dar o seu contributo. A ideia foi criar uma árvore de Natal ecológica.
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De acordo com Helena Cardoso, «uma grande maioria dos pais, na casa dos 70 por cento» aderiu ao projecto e, de imediato, pais e mães começaram a trabalhar na sua concepção. Primeiro foi necessário projectar a estrutura de base, construída em madeira e depois colocar a rede, que cobre esta base e lhe dá a envolvente necessária para assumir a forma de uma árvore. Depois, foi dar largas à imaginação e trabalhar com afinco. «Juntavam-se dois e três dias por semana para preparar as coisas», adianta aquela educadora que, para além de um imenso orgulhos nos “seus meninos”, está manifestamente satisfeita com a adesão dos pais e com o seu desempenho. Sem hesitações, dá-lhes nota máxima.
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E, na verdade, os pais estão de parabéns, juntando o bom gosto com a imaginação e aproveitando tudo quanto era desperdício de uma forma engenhosa e hábil.
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Com cinco metros de altura e uma base com três metros de diâmetro, a árvore de Natal gigante tem um pouco de tudo e, com certeza, os mais habilidosos e inspirados podem ali “beber” ideias. Senão vejamos. Os coloridos laços não são mais do que um aproveitamento artístico de sacos de rede vulgares, onde se compram batatas ou cebolas, a que mãos hábeis deram alma de adereços. Uma imensa grinalda resultou da conjugação de muitos, mesmo muitos, pacotes de leite com chocolate, muitos dos quais consumidos pelas crianças no jardim-escola e providencialmente guardados para “alimentar” a produção artística dos pais e, ao mesmo tempo, proteger o ambiente, numa óptica de reutilização.
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Os pacotes de leite de dimensão familiares (vulgares, de um litro), foram a base para se recortarem elegantes figuras de anjos, sinos que parecem tocar e outros adereços espalhados pela gigantesca árvore.
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“Muitas horas de trabalho”
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Mas a imaginação não se ficou por aqui. As garrafas de água de menores dimensões, desabrocharam sob a forma de flores, após vários cortes e um jeito especial, e os garrafões de cinco litros deram o mote para a construção de uma espécie de molduras, pintadas com spray dourado, no meio das quais se alojou um requintado enfeite, nomeadamente um bola feita de um copo de iogurte. A propósito de iogurtes, um dos alimentos mais consumidos pelas crianças, destaque também para as brilhantes estrelas, concebidas a partir das embalagens de iogurte líquido. Copos descartáveis e caricas também fazem parte deste universo de matéria-prima usada pelos pais para a criação de todos os adereços.
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«Foram muitas horas de trabalho», refere Helena Cardoso, que não se cansa de elogiar a atitude dos pais, o seu empenho e criatividade e, sobretudo, a mensagem particularmente feliz, em prol da defesa do ambiente, que, em tempo de Natal, ofereceram aos filhos e a toda a população de Vila Nova de Anços.
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A estrutura da árvore foi montada na sexta-feira passada e no sábado começou o moroso e dedicado trabalho de dar forma à árvore e proceder à sua decoração. Um trabalho de mestre, no entender daquela educadora, que sublinha ainda o «sentido de equilíbrio e a organização, feita em sequência», que a árvore apresenta. A iluminação, para que a árvore possa brilhar durante a noite, foi a última fase da obra, a que se juntou, também, a colocação de bolas gigantes, estas feitas pelas crianças do jardim-infantil, a partir de pacotes de leite e decoradas com tampas de garrafas.
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Mas se esta foi a obra-prima dos pais, que pode ser apreciada por quem residir ou quiser visitar Vila Nova de Anços, a verdade é que não foi a única manifestação de boa-vontade dos pais das crianças que frequentam o jardim--de-infância. Bem pelo contrário, as duas educadoras já se habitaram a uma «postura extraordinária e a uma colaboração intensa». Razões de sobra para considerar que «a prova foi superada com louvor e distinção»
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In Diário de Coimbra

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