Bombeiros condecorados com medalha de ouro

. domingo, 2 de dezembro de 2007
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Na comemoração do 117.º aniversário, os Bombeiros Voluntários de Soure não esqueceram as necessidades e mandaram o recado ao Governo.
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Desta vez, foi de vez. Depois de uma falsa partida, em 2005, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Soure assinalou finalmente o seu centenário, na comemoração do seu 117.º aniversário. Nem o frio que se fez sentir afastou os curiosos das comemorações. A chegada do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, a condecoração de alguns bombeiros, e ainda o desfile dos carros e da fanfarra foram acompanhados de perto pela população.
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“Falar de bombeiros é pensar em voluntariado e associativismo. Pessoas que dão o melhor de si, a bem do próximo”, frisou o comandante da corporação de Soure. Carlos Luís Tavares aproveitou, ainda, a presença do ministro, para expressar algumas necessidades. Equipamento individual, substituição das viaturas de transporte dos doentes, melhor equipamento comunicacional e uma maior aposta na formação, foram algumas carências apontadas. Porque “quem não sabe, não salva e a formação não é feita de frases feitas, mas de realidades concretas”, referiu Carlos Luís Tavares, que espera ver resolvidos os problemas da corporação.
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Medalhas para os “pilares” do socorrismo
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Foram muitas as medalhas ontem distribuídas. O espírito de equipa, a disciplina, a fidelidade a princípios e a valores e a ajuda ao próximo tiveram, assim, como prémio, uma condecoração. E porque falar de bombeiros é “falar de quem vai, mas não sabe se volta”, as palavras do presidente da direcção dos bombeiros de Soure, Manuel Morgado, foram o espelho de um sentimento geral: “o nosso coração está em festa. A nossa história não se gasta ao falar-se dela”.
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Porém as críticas à emergência pré-hospitalar, pela falta de meios técnicos e humanos, também se fizeram ouvir. “É hora do Governo se deixar de distracções. Se os bombeiros e a protecção estão num único organismo, por que não existe vontade na existência de uma única central de emergência?”, questionou Manuel Morgado.
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À voz crítica de Morgado, juntou-se a do presidente da Federação Bombeiros de Coimbra. Jaime Soares realçou que “não se pode confundir voluntariado com amadorismo, pois os bombeiros são voluntários na opção, mas profissionais na acção”. Presente nas cerimónias, o ministro Rui Pereira, que disse tomar as palavras como certas, prometeu um esforço maior na formação dos bombeiros. A concluir, disse que o Governo não estava parado e que tudo ia fazer para melhorar as questões relacionadas com a protecção civil.
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In Diário As Beiras

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