O Executivo municipal aprovou um voto de louvor ao seu presidente, pela concretização do nó à A1.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Soure não tem dúvidas que o “empenhamento e dedicação” do presidente João Gouveia foram fulcrais para a concretização de uma velha aspiração do povo sourense: a construção de um nó de acesso à auto-estrada do Norte (A1).
Santos Mota diz que viveu no dia 26 de Março, dia em que o secretário de Estado das Obras Públicas foi a Soure anunciar o projecto daquela obra, “um dos dias mais marcantes” da sua “vida de autarca”. Para tal, contribuiu em muito o “empenho” do presidente da autarquia João Gouveia que “sempre com muita descrição se preocupou com aquele investimento desde a primeira hora”, disse. Daí que tenha, em plena reunião camarária, proposto um voto de louvor ao líder do Executivo, até porque “está de parabéns”.
A iniciativa apanhou de surpresa o socialista João Gouveia, que considera aquela obra como “absolutamente fundamental para que possamos continuar o desenvolvimento do concelho de Soure”. Considerando aquele nó de acesso à A1 como “claramente um investimento de interesse regional”, João Gouveia reconheceu que “foi o actual Governo de Portugal, com os mesmos argumentos e ambiência apresentados a anteriores governos” que tornou “um sonho realidade”.
Sobre o voto de louvor proposto pelo seu vice, o autarca optou por não se pronunciar nem participar na votação. “Quando eu ou alguém do executivo faz o que deve, faz apenas o que deve”, disse.
Quem também enalteceu o trabalho do presidente para a concretização daquela ambição foi a vereadora Ana Maria Treno. A autarca considera tratar-se de uma “vitória política” do presidente da Câmara e um “reconhecimento” por parte do actual Governo. No seu entender o futuro nó de acesso à A1 “vai abrir ainda mais o concelho ao país”.
Já para a vereadora comunista Manuela Santos, a obra “não foi uma luta de um só partido ou pessoa” e recorda o abaixo-assinado que a CDU protagonizou há alguns anos a reivindicar aquela obra. “O presidente da Câmara tem o mérito mas não gostaria de personalizar esta luta”, disse a autarca, desejando que Gouveia “não venha a ter o desmérito por aquilo que não vier a conseguir no futuro”.
Já para Nuno Madeira, que se estreou como vereador na bancada social-democrata em substituição de Carlos Páscoa que renunciou ao cargo, o futuro nó de Soure “é motivo de orgulho para todos, é muito importante, mas não é tudo”. No seu entender, “já poderiam terem sido criadas condições para criar emprego e fixar empresas” no concelho.
A proposta viria a ser aprovada com dois votos a favor (Santos Mota e Ana Maria Treno [PS]) e quatro abstenções (Manuela Santos [CDU], Aurindo Ribeiro, Fernando Martinho e Nuno Madeira [PSD]).
Um resultado que deixou Santos Mota numa “agonia terrível”. “Trabalho com João Gouveia há vários anos e este mérito deve-se a ele”, disse, para adiantar que “a partir da data em que foi anunciado o nó, este vai ser desvalorizado”. O autarca acusa os vereadores que se abstiveram de demagógicos. “Não custa nada reconhecer o trabalho feito” afirmou, acrescentando que “foi Sócrates que ouviu os argumentos de João Gouveia”.
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In Notícias do Centro
1 comentários:
Eu julgava que os louvores só se atribuiam a quem, de facto, tinha mérito mas, afinal, estava enganada!! Na minha terra mértios são atributos banais.
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