O nó de Soure na A1 deverá estar a funcionar no prazo de dois anos. Para quem mora no concelho, mas trabalha em Coimbra, é o fim de um pesadelo: vencer, diariamente, a lentidão da EN 342 e do IC 2, em Condeixa-a-Nova.
"Muitas pessoas vivem em Soure, mas trabalham em Coimbra, e têm de passar pela EN 342, com semáforos [de controlo da velocidade] sucessivos, e pelo estrangulamento do Itinerário Complementar (IC) 2 em Condeixa". Palavras do governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, ontem, terminada a sessão de apresentação da obra, nos Paços do Concelho.
O presidente da Câmara de Soure, João Gouveia, confirmou as actuais dificuldades de mobilidade, sem tirar os olhos do futuro: "Estamos a 24 quilómetros de Coimbra e, a determinadas horas, a passagem por Condeixa demora mais do que a viagem em si. Com este nó, a situação fica resolvida".
Susana Gaspar, que vive em Soure, conhece bem esse trajecto, ora polvilhado de radares de controlo da velocidade (50 quilómetros/hora é o limite), ora sufocado pelo trânsito. "Na Ega [freguesia de Condeixa-a-Nova, atravessada pela EN 342], há uma data de semáforos, sempre todos vermelhos. Depois, em Condeixa, há um estrangulamento do trânsito. E uma viagem que devia demorar 20 minutos demora uns 40".
A moradora dá as boas-vindas à futura acessibilidade rodoviária, até porque, a seu ver, existe outro problema: "Na Ega, as pessoas andam na estrada, com camiões a passar e tudo, porque não há bermas. O novo nó vai ser bom para elas, deve tirar muito trânsito de lá".
O anúncio da construção do nó de Soure na A1, entre Pombal e Condeixa-a-Nova, partiu do secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos. "Relativamente às acções do Governo, nada mais há a fazer para que esta obra seja uma realidade. Neste momento, a responsabilidade é de execução, da Brisa", afirmou.
Para João Gouveia, trata-se de um "sonho antigo" que, uma vez concretizado, atrairá novos munícipes e investidores. "Queremos que o desenvolvimento do concelho continue, e para tal é fundamental que haja ligações directas às principais vias de comunicação. Este nó irá aproximar uma parte significativa do concelho de todo o país. Isso tem reflexos: vamos aumentar o número de famílias residentes e ser mais atractivos na captação de investimento privado, que gera emprego", disse ao JN.
O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações prevê que a empreitada arranque no segundo trimestre de 2010 e esteja concluída um ano depois. Até Junho, decorre o estudo prévio. Segue-se o projecto de execução (que deverá prolongar-se por quatro meses) e o processo concursal (calculado em seis meses). Só então terá início a obra, orçada em 9,5 milhões de euros.
Paulo Campos justificou este investimento com a "igualdade de oportunidades" que garante ser um "vector" do Governo: "Estamos a investir mais nestas zonas carentes de acessibilidades, que são a alavanca fundamental para os investimentos".
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In Jornal de Notícias
1 comentários:
Saudações!
Aí está uma das razões k levaram o Sr. Presidente a mudar de camisola...
Estranho é o momento da divulgação!
Um abraço para a Confraria.
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