Três encapuzados assaltaram à mão armada uma ouriversaria no centro de Soure, levando tudo o que estava no cofre e em exposição. Proprietário fala em 100 mil euros de prejuízo e admite fechar o estabelecimento.
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"Ainda tenho no nariz o cheiro da arma", admitia, ao JN, Fernando Leitão, proprietário da ouriversaria com o mesmo nome, visivelmente abalado. O assalto aconteceu por volta das 12.45 horas, quando um carro, um BMW de matrícula francesa, parou em frente à loja, a poucos metros da Biblioteca Municipal.
"Ainda tenho no nariz o cheiro da arma", admitia, ao JN, Fernando Leitão, proprietário da ouriversaria com o mesmo nome, visivelmente abalado. O assalto aconteceu por volta das 12.45 horas, quando um carro, um BMW de matrícula francesa, parou em frente à loja, a poucos metros da Biblioteca Municipal.
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Três homens encapuzados saíram da viatura e um ficou ao volante, à espera. Segundo Fernando Leitão, um dos ladrões apontou-lhe uma arma enquanto os outros dois tiravam tudo. "Tentei fugir, mas ele apertou o gatilho. Vi a morte à frente dos olhos", revelou. Tudo o que estava no cofre e exposto na loja foi levado, tendo ficado apenas a montra intacta. Os homens puseram-se em fuga, não conseguindo o proprietário precisar o tempo que o assalto demorou.
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Segundo relatos de vizinhos, a viatura de onde saíram os homens já teria passado duas ou três vezes pelo local. O proprietário acredita que estariam à procura da melhor altura e do melhor sítio para actuar. "Viram que havia espaço para fugir e avançaram", afirmou o proprietário de um estabelecimento próximo da ouriversaria.
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Outra proprietária de uma loja, que não se quis identificar, conta que, quando viu homens encapuzados a sair do carro, correu logo a chamar a GNR. "Ia tão nervosa que até demorei a encontrar o número", afirma.
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Fernando Leitão tem a casa há 27 anos e dedica-se, há 20, ao ouro, trabalhando anteriormente com pratas e relógios. O estabelecimento já havia sido assaltado há cerca de uma década. Na altura, os ladrões embateram com um carro contra a montra, tendo levado o que conseguiram. "Agora foi muito mais grave, não dá para voltar a levantar o negócio. É uma vida de 20 anos destroçada", lamentou Fernando Leitão, confirmando que não tinha seguro. "Há companhias que não querem fazer, outras fazem, mas levam muito caro", justificou.
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O proprietário já andava há uns tempos a pensar terminar com o negócio. "Já tinha falado com algumas pessoas sobre isso. Parece que tenho pressentimentos", revelou.
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Após o assalto, a zona da ouriversaria foi vedada durante cerca de duas horas, tendo a PJ feito uma intervenção no local para recolha de impressões digitais.
.In Jornal de Notícias
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