João Gouveia esclarece sourenses

. terça-feira, 9 de dezembro de 2008
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João Gouveia, presidente da Autarquia de Soure, foi ilibado de um inquérito instaurado em 2005 pelo Ministério Público, altura em que decorreram as últimas autárquicas, motivado, segundo o autarca, por “diversas denúncias, quase todas anónimas”, revelou ao nosso jornal.

A Investigação sobre o presidente foi feita a três níveis: eventual violação do Plano Director Municipal, através de uma urbanização em Granja do Ulmeiro; alegado favorecimento de uma sua filha num concurso para provimento de um lugar na Câmara Municipal de Soure; e suposto recebimento de dinheiro de um empresário como presumível contrapartida face à operação de loteamento de um terreno adjacente à Escola Secundária de Soure.
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Contudo, “não foi reunida prova bastante (acerca) da prática de qualquer crime”, concluiu a procuradora-adjunta Alexandra Alves.
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Mostrando-se de “consciência tranquila”, João Gouveia esclareceu à comunicação social sourense – Jornal Preto no Branco, jornal O Popular de Soure e Rádio Popular de Soure –, na “única vez que me pronunciarei sobre este assunto” que, ao longo deste inquérito, “a minha privacidade foi devassada, foi avaliada, mas ainda bem porque se provou que nada tenho a esconder”, acrescentando que os munícipes do concelho de Soure “podem continuar a confiar em mim, porque eu continuo e continuarei igual a mim próprio”.

“Quem está na actividade política não deve recear qualquer auditoria e não deve recear qualquer inspecção. Pelo contrário. Deve motivar e defender a sua realização de forma regular e sistemática”

“Em primeiro lugar, devo dar nota pública de que apenas vou falar sobre este assunto porque, evidentemente, os munícipes do concelho de Soure merecem todo o meu respeito, e só por isso é que vou prestar declarações sobre um assunto que foi tratado em sede própria.
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Recapitulando, em 2005, não por acaso, período em que decorreram as últimas eleições autárquicas, deram entrada diversas denúncias, quase todas anónimas, que apontavam para uma multiplicidade de situações. A verdade é esta: de acordo com o despacho da procuradora-adjunta de 21 de Outubro do corrente ano, muitas dessas acusações não seriam susceptíveis de integrar qualquer ilícito e nem fariam muito sentido; outras seriam susceptíveis de integrar em abstracto irregularidades de natureza administrativa; e outras, seriam susceptíveis de integrar em abstracto, qualquer ilícito penal. Ao que parece, e é a magistrada que o diz, terão merecido maior investigação aquelas acusações que, a existirem, seriam susceptíveis de integrar qualquer ilícito penal. E terão isolado três acusações.

Numa delas, segundo palavras que constam do processo em que foi produzido o despacho de arquivamento, não foi confirmada a situação denunciada, nem foram colhidos indícios da prática de qualquer outro ilícito criminal. Acho que não há a menor dúvida sobre esta conclusão. Numa outra, não foi apurada a prática por qualquer agente, que nem eu próprio, de facto ilícito criminal. E quanto a uma terceira, de que não foi reunida prova bastante da prática de qualquer crime.
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Daqui resulta, claro, que depois de muito tempo de avaliação, não foi possível fazerem-me sequer, uma acusação do que quer que fosse. E esta é que é a realidade indesmentível.
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Estou, como sempre estive, de consciência tranquila porque, ao contrário de alguns, quem não deve não teme. Por outro lado, é verdade que ao longo deste inquérito, a minha privacidade foi devassada, foi avaliada, mas ainda bem porque se provou que nada tenho a esconder.

Quem está na actividade política não deve recear qualquer auditoria e não deve recear qualquer inspecção. Pelo contrário. Deve motivar e defender a sua realização de forma regular e sistemática. Eu gosto de inspecções, gosto de auditorias, porque estou de consciência tranquila.
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A terminar, quero aproveitar esta única vez que me pronunciarei sobre este assunto, para dar nota pública, aos autores e autoras das denúncias mentirosas, que lhes desejo muita saúde e um bom Natal.

Relativamente aos munícipes do concelho de Soure, a razão de ser, única e exclusiva desta minha intervenção, dado o respeito que, no mínimo, lhes devo, aproveito para lhes reafirmar simplesmente o seguinte: podem concordar ou não com a estratégia de desenvolvimento do concelho de Soure que tenho vindo a procurar levar por diante, mas acima de tudo, podem continuar a confiar em mim, porque eu continuo e continuarei igual a mim próprio”.
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In Preto no Branco

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