Cozinhar alimentos por acção dos raios solares foi o desafio proposto em Soure aos participantes num curso de cozinha solar, que reuniu meros curiosos da técnica e outros que a pretendem praticar na sua actividade profissional, informa a agência Lusa.
No exterior do edifício das Termas da Azenha foram instalados os fornos solares, parabólicas metálicas e caixas de cartão forradas a papel de alumínio, cujo objectivo é concentrar a energia solar e fazê-la incidir num recipiente de comida.
O almoço (sopa de abóbora, frango na caçarola e bolo, entre outras iguarias) está ao «lume» desde o início da manhã mas só estará pronto para ser saboreado umas horas mais tarde. Mas também há café e castanhas que viriam a ser servidos num dos intervalos da formação.
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«O sol está aí por aproveitar, é o petróleo que chega directamente a casa de cada um de nós», disse à agência Lusa Celestino Ruivo, docente da Universidade de Algarve e promotor do curso de cozinha solar. Garante que «qualquer pessoa» com formação adequada pode utilizar a cozinha solar e que o nosso país tem, nesse campo, «um grande potencial por desfrutar». «Especialmente na região sul, no Alentejo e Algarve, onde há mais de 300 dias de sol por ano», frisou.
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Para além das duas palestras teóricas incluídas no curso, uma sobre os fundamentos da técnica, outra versando a construção de equipamentos, os participantes tiveram a oportunidade de construir o seu próprio forno solar, de cartão e alumínio, idêntico a um que Celestino Ruivo usou, um dia, para preparar o almoço, enquanto assistia a uma reunião em Lisboa.
O docente utilizou uma cozinha tipo painel, um dos tipos existentes, para além das parabólicas e caixas, colocando-a dentro da viatura, junto ao pára-brisas, num local onde incidiam os raios solares.
«Sem deitar qualquer cheiro para o interior do carro consigo fazer a minha refeição. Foi uma brincadeira que experimentei duas ou três vezes mas funciona», garantiu.
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In Diário IOL
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