Atalaia do Campo 3-Sourense 2

. terça-feira, 23 de setembro de 2008
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A primeira parte deste jogo com o Sourense deve ser para recordar para que erros infantis como os que a equipa de Paulo Serra cometeu, não voltem a ser cometidos e a segunda parte deverá ser recordada pela forma guerreira como todos os jogadores se entregaram à luta para virarem um resultado negativo para um positivo e a consequente conquista dos três pontos em disputa. Na primeira parte a equipa da Atalaia não conseguiu segurar a bola a meio campo e os jogadores que compunham este sector não faziam as compensações necessárias, nas acções defensivas, de modo a evitar os desequilíbrios que os atletas de Soure iam fazendo, com relativa facilidade.
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O Sourense que se apresentou como uma equipa frágil cedo se apercebeu das deficiências da equipa da casa, para em jogadas de um para um, criar os tais desequilíbrios que resultaram por uma vez e esteve para poder acontecer por mais duas ou três, tornando-se, pelo contrário, uma equipa realista e muito pragmática. O Sourense ganhou vantagem no marcador à passagem dos 17 minutos, por intermédio de Chano, que viu uma autentica auto estrada por onde podia entrar, sem que alguém lhe barrasse o caminho e, sem se fazer rogado, nela entrou, ficou na cara de Hugo Pereira atirando a contar. Respondia a equipa da Atalaia com um futebol pouco consistente, ainda que com muita vontade, mas sem a chama que pudesse criar perigo para a defensiva forasteira. Foi aliás o Sourense, que teve benesses que nem eles próprios estariam à espera que conseguiu criar as melhores ocasiões para ampliarem o marcador.
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Primeiro foi Chano a ficar de novo em boa posição mas o remate saiu ao lado, logo a seguir foi Telmo Gonçalves a furar pela defensiva da Atalaia, fica frente a Hugo Pereira, correspondendo o guardião da Atalaia com uma excelente defesa. Castro também teve a sua oportunidade depois de um livre estudado, rematando à queima, de novo a bola a ter que ser desviada por Hugo. Do canto que se seguiu o mesmo Hugo evitou o pior defendendo para a barra uma bola que ia para a sua baliza. Todos estes lances resultam do facto da defesa da equipa da casa ter estado sempre muito incerta e nervosa. Neste período, em termos ofensivos, a Atalaia teve dois lances de perigo junto da baliza de Nelson, uma por Bruno Correia e Nuno Antunes, que acabaram por se embrulhar com a bola e com um defesa contrário, depois o mesmo Bruno Correia falha na conclusão, um cruzamento da esquerda. O intervalo chegou com os forasteiros em vantagem.
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Para o segundo tempo Paulo Serra introduziu duas alterações no meio campo, com as entradas de Hugo Brito e Edmilson, para os lugares de André Cunha e João Mateus e estas alterações fizeram-se sentir de imediato. Hugo Brito passou a ser o homem que pautava o jogo da equipa fazendo lançamentos e passes quase sempre bem direccionados e de modo a que os companheiros lhes pudesse dar sequência e Edmilson por ter introduzido a determinação que antes tinha faltado na conquista da bola para a sua equipa. A par disso ainda teve tempo de assinar dois dos três golos da sua equipa. Embora as alterações tivessem resultado o facto é que o Sourense, que praticamente já não saia do seu meio campo ou, quando o fazia já não lhe dava a profundidade da primeira parte, conseguiu, através de um livre, batido de forma superior, por Chano, ampliar o marcador para o 0-2.
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Depois deste segundo golo parecia que tudo estava perdido e que pouco havia a fazer, até porque normalmente, depois de um quarto de hora de nível razoável e com muitas intenções de dar a volta aos acontecimentos, sofrer um golo desta maneira, desmoraliza qualquer equipa. Ora, não foi isso que sucedeu com os atletas da Atalaia. Continuaram a acreditar que podiam fazer melhor e diferente e por isso mantiveram-se empenhados a aguerridos. Foi com esta determinação que surgiu o primeiro golo, quando o relógio apontava o minuto 64. Edmilson com um remate fulgurante, de cabeça, reduziu e relançou o interesse na partida. Logo a seguir, aproveitando o balanceamento da equipa da casa, Swilvan isolou-se valendo uma vez mais Hugo Pereira, que evitou um golo que parecia cantado. O 2-2 já se adivinhava, tal o caudal ofensivo que os comandados de Paulo Serra estavam a imprimir à partida. Aos 79 minutos aconteceu o inevitável, Ucher, que tinha sido lançado no jogo pouco antes, também de cabeça, faz o golo que os adeptos da Atalaia tanto esperavam e desejavam.
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Com o empate pensou-se que, depois de ter estado a perder por 0-2 e ter chegado à igualdade já não haveria forças para lutar pela vitória. Puro engano. Com a garra que caracteriza as equipas de Atalaia do Campo, os seus jogadores não se contaram com um ponto e foram à procura de três e os três pontos acabaram por acontecer exactamente no minuto 90, de novo Edmilson e de novo com um remate de cabeça. Como o árbitro do encontro Jorge Parrano tinha dado mais três minutos de compensações a equipa de Paulo Serra limitou-se a controlar o jogo, com inteligência, para que aquele período se esgotasse sem sobressaltos.
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Naturalmente, o Sourense, que teve o pássaro na mão e o deixou fugir, ainda tentou acercar-se da baliza contrária, mas já não foi a tempo. Importa referir que após o golo do empate da Atalaia o Sourense beneficiou de um livre à entrada da área que Chano voltou a bater com mestria, valendo Cláudio que safou sobre o risco fatal. O árbitro do encontro não teve problemas na analise das questões técnicas do jogo, contudo foi muito permissivo com algumas entradas de jogadores do Sourense que, em outras circunstâncias podiam perfeitamente merecer a cartolina amarela.Jorge Parrano acabou por admoestar dois jogadores da Atalaia por terem contestado lances dessa natureza.
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by Joaquim Ribeiro

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