Paulo Portas, na Gastronomia em Soure

. sábado, 5 de julho de 2008
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O líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou este sábado, em Soure, que não vai dar tréguas ao primeiro-ministro (PM) enquanto este não explicar ao país quanto é que o Governo arrecadou a mais em impostos com a crise dos combustíveis

«Eu não vou largar nos debates com PM uma pergunta a que ele nunca responde: desde o início da alta dos preços nos combustíveis quanto é que o Estado ganhou a mais em IVA», questionou o dirigente centrista, adiantando que vai colocar a questão no debate do Estado da Nação, na próxima semana.

Paulo Portas, que falava durante uma visita ao certame Soure - Gastronomia, Artesanato e Cultura, considera «imoral, inaceitável e incompreensível que quando a economia arrefece o Governo queira arrecadar mais», adiantando que «é imoral que quando a economia está a ser sacrificada o Fisco esteja a enriquecer», criticou o líder do CDS-PP, que se mostrou disponível para aceitar uma taxa sobre o lucro das petrolíferas desde que o primeiro-ministro garanta que «no dia seguinte não sobem os combustíveis para cobrir essa taxa».

Segundo Paulo Portas, José Sócrates deve explicar ao país «como é possível o Estado continuar a enriquecer através de arrecadação fiscal à custa das pequenas e médias empresas e das dificuldades da classe média».

O dirigente centrista acusou ainda o Executivo de «recusar» tomar a única medida que significaria um «impulso geral à economia que beneficiaria directa ou indirectamente todos os consumidores e as pequenas e médias empresas, que era a redução carga fiscal sobre os combustíveis».

«Em vez disso foi negociando aqui e acolá, ao sabor da pressão da rua», frisou o político, condenado ainda o Governo por «se ter esquecido do sector mais vulnerável em Portugal a esta crise - os reformados».

«Se quem trabalha não está a viver bem quem é reformado está a viver muito mal. Quem tem 236, 218 ou 181 euros para viver por mês tem de fazer face à alta do pão, da carne, do leite, da manteiga e dos ovos, para dar cinco exemplos básicos», enfatizou.

«Para os reformados não houve uma única medida», acrescentou, prometendo também apresentar propostas na próxima semana, durante o debate do Estado da Nação.

De calças de ganga e sem gravata, Paulo Portas distribuiu apertos de mão e beijos por algumas pessoas que se encontravam a almoçar no Soure - Gastronomia, Artesanato e Cultura e ainda brincou com o «fundamentalismo» da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). «Sou contra o fundamentalismo da ASAE porque as leis europeias funcionam para todos e eu não vi os espanhóis, nem os franceses ou os italianos desistirem da sua gastronomia e dos seus produtos tradicionais em nome de normas burocráticas e, por vezes, ridículas», vincou o presidente do CDS-PP.

Diário Digital / Lusa

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