Em Dezembro de 2005, os conimbricenses ouviam da boca do presidente da Rave/Refer, Luís Pardal, que para se apanhar o comboio de Alta Velocidade teriam de fazer 32 quilómetros.
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Em Dezembro de 2005, os conimbricenses ouviam da boca do presidente da Rave/Refer, Luís Pardal, que para se apanhar o comboio de Alta Velocidade teriam de fazer 32 quilómetros.
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Ou seja, na estação de Coimbra/B, existiria um comboio que circularia em bitola ibérica até às imediações de Soure onde seria construída uma estação onde pararia a carruagem da linha de Alta Velocidade (AV). Tudo porque os responsáveis da REFER se terão esquecido, quando projectaram a modernização da estação de Coimbra, de arranjar espaço, na sua plataforma, para mais duas linhas de bitola europeia. Rui Rodrigues, num estudo publicado na Internet sobre a exclusão de Coimbra e Aveiro da AV, acusava os responsáveis da Rave de falta de planeamento cuidado. Se o tivessem feito, como frisou no documento, “o acesso a uma das maiores cidades de Portugal processar-se-ia de uma forma directa e sem recorrer à opção do duplo eixo”. O que é certo é que, poucos dias depois, a secretária de Estado Ana Paula Vitorino, traçava prioridades para o projecto. Numa delas, era dito que seria necessário aprofundar estudos que permitissem articular “a Rede de Alta Velocidade (RAVE) com a rede ferroviária convencional nas estações intermédias”.
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Ano e meio depois, é feita a apresentação do modelo de negócio da RAVE. Nessa sessão, foi apontado como um desenvolvimento importante a decisão da localização das várias estações intermédias, onde Coimbra se incluía. Foi então que o ministro Mário Lino revelou que a decisão tinha passado pela sua localização na zona de Coimbra/B. Ou, se quisermos ser mais precisos, ligeiramente a Norte da actual Estação Velha. A nova localização permitirá assim a integração do Metro Mondego, sistema convencional e a RAVE.
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O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, referiu mesmo na Assembleia da República que, em relação ao Orçamento de 2008, a RAVE era uma das mais importantes linhas de actuação do seu ministério. Por isso mesmo, “já tinham sido realizados os estudos técnicos que suportaram as definições da ligação Lisboa-Porto, sendo de destacar a localização da estação central do Porto em Campanhã e a de Coimbra junto a Coimbra/B”. Desde então, e segundo informações obtidas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a forma como as carruagens chegarão a Coimbra ainda está a ser estudada e alvo de muita discussão por parte dos técnicos. O que é certo é que, recentemente, o semanário Campeão das Províncias apontava como forte hipótese de entrada do TGV na cidade um túnel a construir sob o Planalto de Santa Clara. Da RAVE, o silêncio parece ser de ouro, enquanto do lado da autarquia, o vice-presidente João Rebelo aguarda a entrega da solução final do traçado onde se inclui Coimbra. Ao que tudo indica, a questão tem sido bastante debatida, sendo de aguardar para os próximos meses novidades neste assunto em particular.
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