Montemor e Soure contestam traçado da ligação Arzila-Alfarelos

. quarta-feira, 5 de março de 2008
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A autarquia de Montemor-o-Velho contesta a solução escolhida para um troço de estrada entre Coimbra e aquele concelho, pela margem esquerda do Mondego, argumentando ser mais caro e extenso que duas outras soluções preteridas.
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Na última sexta-feira, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, deu parecer negativo em sede de Declaração de Impacte Ambiental a duas das três soluções possíveis para a estrada e favorável à restante desde que cumpridas 31 condicionantes.«A solução escolhida é a que pior serve os interesses dos concelhos de Montemor-o-Velho e Soure. É a mais extensa e cara», disse à agência Lusa o presidente da autarquia, Luís Leal.
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Em causa está à construção do troço entre as povoações de Alfarelos e Taveiro (Coimbra), a sul do rio Mondego, na Estrada Nacional 341, que fará a ligação à EN 347, entre Montemor-o-Velho e Alfarelos, em fase de projecto de execução.
Sublinhou ainda que a escolha «vai levantar outras questões, por parte do Ministério das Obras Públicas, aquando da execução da estrada». «Espero que não seja uma forma de adiar, mais uma vez, esta obra tão necessária», frisou.
Luís Leal disse, no entanto, que a autarquia está a analisar a situação, conjuntamente com o município de Soure, e que os dois concelhos poderão vir a tomar uma posição pública sobre o assunto.
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A chamada via rápida de Taveiro termina actualmente na zona de Arzila e o novo troço irá possibilitar que o trânsito automóvel deixe de ser feito pelo interior de localidades como Pereira do Campo, Santo Varão, Formoselha e Granja do Ulmeiro, entre outras.
As duas soluções chumbadas, com cerca de 9 a 10 quilómetros de extensão, desenvolviam-se na zona de Reserva Natural e Rede Natura 2000 do Paúl de Arzila, pelo que, segundo se lê no Estudo de Impacte Ambiental (EIA), «houve necessidade de estudar uma solução [agora escolhida] que não afectasse nenhuma destas áreas».
Esta solução, a C, possui cerca de 16 quilómetros de extensão e diverge das restantes por apresentar um traçado orientado para sul, já no concelho de Condeixa-a-Nova.
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Segundo o EIA será «do ponto de vista da ecologia» a melhor solução, bem como a que menos impactes tem sobre os aproveitamentos hidroagrícolas daquela região, pois é aquela que menos afecta a área agricultada.
No entanto, segundo o EIA, a solução agora escolhida é a que apresenta pior classificação das três em termos de reflexos visuais na paisagem e ambiente sonoro, bem como de impactes sobre os recursos hídricos na fase de construção, «por se situar a montante do Paúl de Arzila».
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O Estudo de Impacte Ambiental sofreu de vicissitudes várias, tendo obrigado, por duas vezes, à realização de novos trabalhos de campo e actualização da informação. Foi iniciado em Outubro de 2003, depois suspenso pela empresa Estradas de Portugal, tendo recomeçado em Novembro de 2005. Foi finalizado em Maio de 2007, depois da sua desconformidade ter sido declarada em Agosto de 2006.
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In Diário de Coimbra

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