"Em vez de ser o avô a trazer o neto, foi o neto a trazer o avô", graceja Fernando Filipe, de 66 anos. Está a assistir a um espectáculo de magia de rua, em Soure, integrado nas Jornadas Mágicas de Sicó - I Festival Internacional de Magia de Rua, que teve início na sexta-feira e termina hoje. Entusiasmado, vai lançando palpites, da assistência, para justificar os truques de Malo, Malíssimo, uma das seis "estrelas" da magia mundial contratadas.
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O programa inclui 85 espectáculos, que se dividem, em simultâneo, por 65 lugares dos concelhos que formam a região de Sicó Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a- -Nova, Penela, Pombal e Soure. "São meios pequenos e pobres, que não têm capacidade, por si só, de trazer cá estas coisas. Isto é bom e deve continuar", conta Fernando Filipe. "A iniciativa foi pensada para corrigir assimetrias regionais", explica o coordenador do sector cultural da Câmara Municipal de Penela, Mário Duarte. E o investimento, de cerca de 80 mil euros, parece ter valido a pena, à luz do balanço que faz David Leandro, da Associação Terras de Sicó, um dos parceiros da organização: "Estamos plenamente satisfeitos. Há público para a magia". O certame nasce irmanado com as Jornadas Internacionales de Magia de Zamora, coordenadas por Paulino Gil. Para ele, as Jornadas Mágicas de Sicó são algo de "totalmente singular", pois "é a primeira vez, na história da magia, que há espectáculos em vários lugares ao mesmo tempo e se unem dois países - Portugal e Espanha - para fomentar esta arte".
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