FATACIS arranca a meio gás

. sábado, 22 de setembro de 2007
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Setenta stands, tasquinhas e animação são propostas do certame

"Isto está muito fraco este ano. Não se vêem clientes". O lamento é de Luís Ferreira, responsável por um dos cerca de 70 stands que compõem a FATACIS - Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Soure, que ocupa o Espaço Multiusos Soure 1111, integrada na Festa de S. Mateus. Às 15 horas de ontem era difícil encontrar visitantes no recinto. Só a pulseira amarela os "denunciava", já que nesta edição as entradas são pagas. O bilhete diário de acesso à Feira - sem incluir os espectáculos - é de um euro. Um valor que a Associação Económica de Soure (AES), organizadora, considera "simbólico", mas, que, ainda assim, muitos parecem condenar.
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"Não concordo nada com o facto de estarem a cobrar entradas. Para uma pessoa um euro não é nada, mas para uma família de oito pessoas é o preço de um jantar", defende o comerciante António Duarte. Luís Ferreira concorda "As pessoas não vêm para aqui sozinhas. Além disso, esta feira não tem condições para cobrar entradas. Olhe à volta e veja se encontra uma casa-de-banho, por exemplo". Assegura que muita gente fica à porta por não querer pagar: "Ontem [anteontem] chamaram-me várias vezes à entrada, mas eu não tinha convites".
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Carlos "Mistral", como é conhecido, tem opinião distinta. Presente pela primeira vez, com um stand de vestuário, entende que as entradas devem ser pagas, porque "há custos". O fraco movimento não o faz desanimar "Estou positivo, penso que sábado e domingo vai haver muita afluência de público".
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O dinheiro cobrado para entrar no recinto destina-se a financiar o próprio evento, que costumava ser apoiado por dinheiro público, conta o vice-presidente da AES, Manuel José Lopes. Desvaloriza as queixas "Os preços não são exagerados", e "as pessoas estão a aderir muito aos livre-trânsitos". "Tentámos criar condições e animação das 10 às quatro da manhã de forma a que as pessoas sintam que o concelho está em festa", explica.
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As irmãs Lurdes e Lucinda Dionísio é que não se importam com o facto de terem tido de pagar para aceder ao recinto. Lurdes é clara nas suas meias palavras "O S. Mateus é só uma vez por ano, e como a gente gosta disto...". Depois segue, satisfeita, com uma réstia de cebolas aos ombros. "Este ano há muito pouca gente, mas isto está bonito", solta, ainda, Lucinda.

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