Autarcas conheceram A17 de perto

. sábado, 23 de junho de 2007
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A apresentação do Plano de Segurança da A17 foi pretexto para os autarcas ficarem a conhecer melhor a nova auto-estrada e para reivindicar novas acessibilidades.
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O propósito da visita às instalações da Litoral Atlântico Construções ACE (LACE) era a apresentação do Plano de Segurança da A17, mas os autarcas de Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Soure, Cantanhede e Mira, não descurando o motivo do encontro, aproveitaram o momento para reclamar outras acessibilidades.
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Em causa esteve, essencialmente, um nó da auto-estrada que chegou a estar previsto para o Paião mas foi deslocado para Sul. Algo que não agradou a alguns presidentes de câmara, nomeadamente João Gouveia, de Soure. O edil considera que o seu concelho e o de Montemor ficaram “atravessados e sem qualquer ligação” à A17, o que classifica como “socialmente inadmissível”. Opinião partilhada por Luís Leal presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, que afirmou que, quando a opção de Paião ficou de fora, “ficou prejudicado Soure, Montemor e algumas freguesias da Figueira da Foz”.
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No entanto, os dois autarcas fizeram questão de frisar que insistir agora nesse assunto não seria benéfico para ninguém: “poderia ser inútil e atrasar a obra”, declarou João Gouveia. Mas querem, claro está, garantias de que a obra não será esquecida.
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Garantias dadas por Henrique Fernandes. O Governador Civil que o nó é uma “preocupação a que o Governo está atento”. Apelou à calma dos autarcas: “se amarrássemos o nó a esta obra, eram dois anos e meio que iríamos atrasá-la”. E deixou um desejo: “pelo menos na inauguração desta obra (A17), ou parte dela, haja a garantia que a outra parte está a avançar”.
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Luís Leal defendeu ainda uma “ligação da margem direita à A1, via A14 e A17”. “É essencial para que tenhamos todas as condições para o desenvolvimento e empreendedorismo”, acrescentou.
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Quem também lançou um repto foi João Moura. “Porque não fazer estudos de ligação entre a A1 e a A17?”, questionou presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, que sugeriu ainda aproveitar o “esforço que está a ser feito na auto-estrada Coimbra-Viseu e, quem sabe, fazer um estudo da ligação até Mira pelo IC12”.
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Ideia reforçada pelo autarca de Mira. João Reigota relembrou que, em causa, “nada mais que uma estrada aprovada há 9, 10 anos, de ligação ao Interior através do IC12.
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Minimizar os riscos
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Mas, o encontro de ontem tinha mesmo como objectivo a apresentação do Plano de Segurança para as obras na auto-estrada.
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Rui Felgueiras destacou as duas pontes, sobre o Mondego e o Pranto, como “os pontos mais perigosos” da obra, ressalvando que, apesar de muita haver muita gente a trabalhar nos vários locais de trabalho, estes “estão dispersos”, pelo que um possível acidente dificilmente afectaria mais de 20 trabalhadores.
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Ainda assim, e para garantir que os riscos são minimizados, a empresa tomou várias precauções. Desde logo, “a criação de pontos de encontro nos principais locais da obra, para facilitar o acesso dos meios de emergência”.
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Rui Felgueiras afirma que “a segurança é hoje uma preocupação de primeira linha” da empresa, que tem cerca de 40 pessoas a trabalhar nesse campo. “Números impensáveis há uns anos atrás”, concluiu.
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Henrique Fernandes afirmou que “o risco zero não existe”, elogiou a “assunção da responsabilidade social” da empresa, mas frisou esta é uma “responsabilidade não só das empresas mas também das entidades de protecção civil”, sugerindo às autarquias que adequem “o Plano de Operação Municipal aquando da passagem da obra pelos concelhos”, que “deve ter reforço de atenção e de meios disponíveis”.
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(Mau) estado das estradas preocupa
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Uma obra destas dimensões implica, já se sabe, uma grande movimentação de carros pesados. Quem sofre com isso são as estradas por onde esses veículos passam diariamente. O degradado estado de conservação dessas vias foi ontem recordado pelos responsáveis camarários, que querem garantias de que a situação será resolvida. João Gouveia foi o primeiro a fazer-se ouvir neste aspecto: “dá-me a sensação que, informalemente, entre os técnicos, está consensualizado que o estado de degradação será resolvido”, afirmou, ressalvando, contudo, que gostaria de ter “uma garantia formal de que isso será feito.A promessa de que a situação será resolvida veio de Rui Felgueiras, director-geral da LACE: “se se provar que a estragação foi causada por uso indevido, vamos pagar”, afirmou, frisando, no entanto, que “muitos dos camiões” não são controlados pela empresa.
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Primeiro troço já em funcionamento
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o primeiro troço da A17, que faz o prolongamento da A8 para Norte, desde a Marinha Grande até ao Louriçal, foi inaugurado no passado dia 4, com o ministro Mário Lino e o secretário de Estado Paulo Campos a presidirem à sessão de inauguração. A obra custou cerca de 200 milhões de euros. A empreitada previa que as obras estivessem concluídas a 15 de Maio, mas trabalhos a mais exigidos pela população da Bajouca, com a necessidade de duplicação de um túnel de acesso local, atrasaram a obra em duas semanas. É necessário pagar 2,5 euros para percorrer os 32 quilómetros já concluídos, entrando no nó da Marinha Grande e passando por quatro viadutos e cinco nós de ligação (Leiria Norte, Monte Real, Monte Redondo, Guia e Louriçal). Este último nó da A17 está ligado à auto-estrada do Norte por 12 quilómetros do IC8.

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