O nome diz quase tudo, mas a tradição vitivinícola de Vinha da Rainha quase morreu. Recentemente voltou à ribalta, com o maior sucesso. Apresentar os bons vinhos da freguesia é o objectivo da mostra, a realizar domingo.
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É a segunda vez que a Associação Cultural, Desportiva e de Solidariedade da Freguesia da Vinha da Rainha lança “mãos à obra” e organiza a Mostra de Vinho Novo da Freguesia. A primeira aconteceu no ano passado, em Janeiro, e resultou num «êxito completo», como sublinha António Simões, da organização. Um sucesso que se espera seja repetido, senão mesmo melhorado no domingo, com a segunda edição da mostra.
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O evento é promovido pela Associação Cultural, Desportiva e de Solidariedade da Freguesia de Vinha da Rainha, que entendeu valorizar um dos atractivos da freguesia, um território muito pobre, mas que possui uma grande riqueza chamada vinho.
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António Simões recorda que há muitos anos, a freguesia era um grande centro de produção vitivinícola, mas a actividade agrícola em geral entrou em declínio e também teve os seus efeitos negativos ao nível da vinha. «Passou a produzir-se apenas para consumo interno», recorda aquele responsável da Associação Cultural e de Solidariedade, afirmando que a «vinha esteve praticamente moribunda» numa terra que ostenta, no seu nome, essa referência.
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Mas, e porque nem tudo o que decai tem de cair, Vinha da Rainha acabou por viver, mais recentemente, um curioso fenómeno, que passou pelo regresso à terra e pelo investimento na vinha, tendo em conta a boa qualidade do vinho que ali se produz. António Simões afirma que só no ano passado terão sido plantados mais de seis mil bacelos (a planta que dá origem à videira), um indicador positivo relativamente à retoma desta actividade com tradição e história na freguesia.
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Por isso a importância da Mostra do Vinho Novo. «Queremos dar a conhecer a nossa grande riqueza», afiança, referindo o sucesso da primeira iniciativa, que contou com a presença de 15 produtores e «encheu por completo o salão da associação». «Passaram por lá, sem exagero, mais de 400 ou 500 pessoas», diz António Simões.
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Este ano e porque a qualidade do vinho, não apenas em Vinha da Rainha, mas um pouco por todo o país, não é a mesma de outras safras, apenas vão participar na mostra nove produtores, oriundos de Vinha da Rainha, Casal de Almeida e Pedrógão do Pranto, as zonas da freguesia com maior qualidade na produção vitivinícola. «Queremos garantir qualidade», aponta António Simões, sublinhando o rigor das análises, a cargo da Cooperativa Agrícola de Soure, a que o vinho foi sujeito.
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As análises efectuadas ao preciso néctar são, de resto, uma das referências que acompanham os produtores que domingo vão participar na mostra, a realizar entre as 15h00 e as 19h00, no salão da Associação da Freguesia de Vinha da Rainha. Há exposição e provas, mas naquele espaço não se efectuam vendas. Quem quiser adquirir o afamado vinho dos produtores de Vinha da Rainha volta depois para fazer negócio.
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A organização está optimista com a adesão do público, «pessoas da freguesia, do concelho e de fora» que no ano passado marcaram presença. Este ano voltam certamente e, quem sabe, trazem um amigo… também, para asssitir à prova do vinho novo.
Texto retirado de: Diário de Coimbra
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