Cerca de uma centena de agricultores manifestou-se hoje, em Coimbra, contra a diminuição das ajudas ao desenvolvimento rural, o encerramento de zonas agrárias e a mudança da sede da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral.
"Não aceitamos novas descidas no preço do leite à produção" e "Não às propostas da UE para a reforma da OCM do vinho" eram algumas das frases exibidas nos cartazes empunhados pelos manifestantes, que se mantiveram concentrados, durante a manhã, junto da sede da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL).
Promovida pela Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO), a iniciativa foi seguida por uma reunião entre dirigentes desta organização e o director regional, a quem foi apresentado um caderno reivindicativo.
No documento reclamam contra o Plano de Desenvolvimento Rural (PDR), criticando-o por "diminuir as ajudas para as explorações familiares" e não prever verbas para as obras hidro-agrícolas do Baixo Mondego.
"Em contrapartida, concentra 12% de todo o investimento público do PDR para o regadio do Alqueva", criticam, exigindo ainda que no QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] sejam contempladas verbas para os regadios e obras hidro-agrícolas do Baixo Mondego".
Os agricultores rejeitam o encerramento de zonas agrárias no distrito e a mudança da sede da DRABL de Coimbra para Castelo Branco, hoje confirmada, através da criação da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, que funde a DRABL e a congénere da Beira Interior.
"O director regional disse-nos que esta delegação regional [em Coimbra] vai manter as mesmas funções de atendimento. Mas, para nós, o mais importante são as zonas agrárias", frisou o coordenador da ADACO Isménio Oliveira, em declarações aos jornalistas.
O dirigente adiantou que foi expresso o compromisso de manter estas estruturas de atendimento local aos agricultores nos pontos do distrito onde a DRABL tem instalações próprias.
"Devem manter as zonas agrárias e não decidir acabar só por questões financeiras. É inadmissível que concelhos como Cantanhede e Soure, com uma produção agrícola muito importante, fiquem sem zonas agrárias", vincou Isménio Oliveira .
O aumento do subsídio do gasóleo agrícola, a reposição da ajuda à "electricidade verde", a redução das contribuições dos agricultores para a Segurança Social e o apoio ao licenciamento das vacarias são outras das medidas reivindica das no documento, em que é ainda criticado o "atraso do Ministério da Agricultura no arranque das candidaturas às ajudas da PAC [Política Agrícola Comum]".
Notícia retiradas de: www.agroportal.pt
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