Nomes de antepassados Sourenses acessíveis na Internet

. quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
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A memória das vidas de antigos habitantes de Óbidos vai estar online
A memória das vidas dos antigos habitantes de Óbidos ao longo de quatro séculos vai ser colocada na Internet, numa base de dados que reúne os registos de 27 mil pessoas, noticia a Lusa.
«É a maior base de dados deste tipo em Portugal», explicou à Agência Lusa o historiador Saul António Gomes, docente da Universidade de Coimbra responsável pelo projecto Arq-Óbidos, que transferiu para suporte digital os registos dos assentos paroquiais da vila entre os séculos XVI e XIX.
A maior base de dados
Nesta base de dados - cujos primeiros elementos estarão disponíveis no site da autarquia dentro de dois meses -, foram incluídos os registos dos «casamentos, óbitos e nascimentos», com possibilidade de «vários tipos de cruzamento» informático, facilitando a pesquisa de genealogias ou a investigação histórica.
«Basta alguém não ser de Óbidos mas ter vindo cá casar para o seu nome estar aqui», explicou Saul António Gomes.
Trata-se de um «projecto único em Portugal mas também inovador a nível europeu, pelo menos com esta dimensão e com este grau de informatização», até porque qualquer curioso poderá aceder à página online do município e consultar os seus antepassados, podendo fazer um «percurso da sua família» ao longo dos séculos, disse o historiador.
Dados recolhidos durante dois anos

Durante quase dois anos, dois licenciados da Universidade de Coimbra estiveram no Arquivo Distrital de Leiria para inserir os dados recolhidos dos registos paroquiais e notariais numa base informática multifuncional que permitirá depois cruzar com outros municípios que queriam custear um projecto semelhante.
«Esta ferramenta informática desenvolvida por nós permite reconstruir a história da população e as genealogias das pessoas», uma solução que vem também «satisfazer a natural curiosidade» dos cidadãos sobre o seu passado, explicou Joaquim Carvalho, também docente da Universidade de Coimbra, que coordenou a inserção dos dados.
«Nós já tínhamos feito umas experiências em Soure e na Lousã, mas Óbidos é a primeira base de dados com um alcance grande e que permite percorrer tantos séculos», acrescentou.
Mega-base reúne vidas durante 400 anos

Para o presidente da Câmara de Óbidos, Telmo Faria, esta «mega-base de dados que reúne a vida das pessoas durante 400 anos» na vila de Óbidos representa um «poder fantástico» para a autarquia.
«É possível perceber melhor a história deste território e incentivar novos projectos de investigação», afirmou o autarca, que quer agora alargar esta base de dados do século XIX até à actualidade.
«Para um município como Óbidos, que vive da sua história, é necessária uma estratégia global para produzir um elevado nível de conhecimento sobre o próprio concelho», procurando valorizar o seu património e a memória das pessoas.
«Podemos depois avançar com outros projectos de investigação ou realizar mesmo uma pirâmide social do concelho em determinados momentos históricos», explicou Telmo Faria, que tenciona inserir todos os dados recolhidos num «grande portal do conhecimento» do concelho.
A apresentação de uma candidatura a fundos comunitários que permita a criação de um portal autónomo sobre a história do município, com o máximo de informação recolhida, está nos objectivos da autarquia.
Para «termos a percepção do que é fundamental para o futuro, é necessário saber ler a sociedade, seja a que temos hoje seja a que fomos no passado», acrescentou Telmo Faria, que é também licenciado e mestre em História.

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