Martinho recorda o 'pouco tempo' que o PSD de Soure teve em 2005

. segunda-feira, 6 de abril de 2009
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"Amanhã pode ser tarde". O social-democrata Fernando Martinho defende que o candidado do seu partido à Câmara de Soure já devia estar a fazer "trabalho de campo". E recorda o que aconteceu em 2005.

O social-democrata Fernando Martinho defende que o candidato do seu partido à Câmara de Soure já devia estar a fazer “trabalho de campo” e afirma que “amanhã pode ser tarde”. O vereador da autarquia recorda o que aconteceu nas últimas autárquicas, quando o PSD teve de organizar as eleições autárquicas num espaço “demasiado curto”.


Fernando Martinho refere que “cabe à Comissão Política definir o seu calendário, respeitando as regras do partido”. No entanto, acrescenta que sempre defendeu que “tivemos pouco tempo para preparar as últimas eleições”. “Para um candidato que, tudo indica, se vai apresentar pela primeira vez ao eleitorado sourense seria necessário mais tempo para fazer trabalho de campo, de contactar com o maior número possível de munícipes de cada um dos mais de duzentos lugares do concelho”, afirma. Refere, ainda, que “o tempo também ajuda a serenamente procurar as pessoas certas para a constituição de listas que englobam sempre grande número de cidadãos e cidadãs”.


Quanto à sua participação no próximo processo autárquico, o vereador diz ser um “militante de base do partido que nunca enjeitou as suas responsabilidades” e recorda que “mesmo em tempos conturbados da vida do partido estive disponível para responder a desafios”. Acrescenta que “sempre defendi as ideias em que acreditava e acredito ainda que isso me pudesse ou possa trazer alguns dissabores”. Quanto ao futuro, Fernando Martinho considera que “o partido saberá decidir se todos são necessários, se sou necessário, e como poderei contribuir para a implementação de políticas que possam contribuir para um desenvolvimento sustentado do concelho e para a afirmação do PSD no quadro das suas responsabilidades perante os eleitores”.
No que se refere ao trabalho desenvolvimento pela actual direcção concelhia do PSD, Fernando Martinho considera que a Comissão Política tem trabalhado no sentido de atingir o “desígnio” para que foi eleita: “unir o PSD/Soure, de alargar a sua base de militantes e de construir uma plataforma sólida que permitisse ganhar as próximas eleições autárquicas”. “Lutaram por uma liderança nacional do PSD que entenderam ser a melhor, estão em sintonia com a Distrital, têm por isso todas as condições para (re)construir um partido mais forte e mais actuante”, diz, adiantando que “as críticas e as sugestões que queira fazer serão apresentadas nos locais próprios e nos órgãos do partido”. “As assembleias de Secção são esses espaços privilegiados, quando for convocada uma, que será a primeira, darei os contributos que considere pertinentes”, diz.


Por outro lado, afirma que nunca foram realizadas “reuniões formais” entre os órgãos do partido e a vereação que integra, quer com a anterior Comissão Política quer com a actual, mas isso “não impediu que levássemos a bom porto as funções para que fomos eleitos”. “É verdade que, por vezes, pessoalmente, senti que nos faltava algum trabalho político de retaguarda que nos facilitasse o trabalho na vereação, mas com o nosso esforço, espírito de equipa e muita boa vontade fomos superando as dificuldades”, considera.


Quanto à renúncia apresentada por Carlos Páscoa, seu colega de vereação e cabeça de lista nas últimas autárquicas, Fernando Martinho diz compreender a sua tomada de decisão e aceita as justificações que o mesmo deu para renunciar ao mandato. O social-democrata recorda o que aconteceu em 2005 quando “em Maio iniciámos um processo de candidatura, praticamente do zero, tentando organizar um PSD que tinha sido abandonado pelo seu presidente da Comissão Política, que mudando de partido arrastou consigo alguns quadros e militantes, cortando o espaço de manobra dos que, contra ventos e marés, resistiram ao fácil”. “Sempre foi assumido, pelos que trabalhavam na candidatura e depois nos órgãos autárquicos, que em novos processos eleitorais, seria necessário mais tempo para elaborar listas coerentes, sustentadas num programa eleitoral impulsionador do desenvolvimento concelhio e participado num programa eleitoral impulsionador do desenvolvimento concelhio e participado por todos os militantes e o máximo número possível de munícipes”, refere.


Daí que, prossegue, “não se perspectivando a sua candidatura a presidente da Câmara, o Dr. Carlos Páscoa abriu caminho a um novo candidato possibilitando-lhe espaço e tempo para a afirmação e consequente organização do processo conducente a uma candidatura forte que, como foi assumido pelos novos dirigentes do PSD, consiga derrotar o Partido Socialista no próximo acto eleitoral”.


Já quando questionado sobre se poderá vir, também, a renunciar ao cargo de vereador, num quadro de rotatividade entre os elementos da lista, Fernando Martinho afirma que “o partido nunca me pediu que tomasse qualquer atitude a esse respeito e por conseguinte, no quadro vigente, cumprirei até final o mandato para que fui eleito continuando a defender os interesses do concelho de Soure no respeito de um programa apresentado aos eleitores em 2005 e por estes sufragado”.


Por sua vez, em jeito de balanço do mandato do executivo municipal liderado pelo socialista João Gouveia, Fernando Martinho considera que “a actual coligação Partido Socialista/Partido Comunista ficou muito aquém daquilo que o concelho precisava que se fizesse nestes quatro anos”. “Precisávamos ter apostado mais no turismo onde nada foi feito; no desenvolvimento económico onde o pouco que foi feito se esboroou com a crise para onde o Partido Socialista nos conduziu; na dinamização dos parques desportivos onde se investiram centenas de milhar de euros e que na sua maioria estão a criar musgo; no saneamento básico onde ainda há freguesias que não sabem o que é um colector; no urbanismo com a construção de um plano director municipal de nova geração que possa permitir uma perfeita comunhão entre população e território e que contribua para a fixação dos mais jovens no concelho; na elaboração de planos de pormenor que possibilitem o desenvolvimento estruturado e harmonioso dos principais núcleos urbanos; numa rede de transportes públicos que não esteja só condicionada à população escolar e permita um acesso facilitado aos serviços públicos pelos mais necessitados; espaços de inovação e fomento do empreendedorismo que possam alavancar o concelho rumo a um futuro próspero com gente feliz e um crescimento da população que nos possa reafirmar no contexto regional”.
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In Notícias do Centro

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