É um grande projecto e representa a concretização de um sonho para os responsáveis do Centro Social de Alfarelos. Falamos da construção do lar de idosos, cuja primeira pedra é lançada segunda-feira.
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É o mais recente projecto do Centro Social de Alfarelos e pretende dar uma resposta eficaz a uma sociedade em mudança e a uma freguesia que, à semelhança do que acontece na generalidade do país, tem problemas acrescidos na assistência à terceira idade. «A população está a envelhecer e temos de encontrar respostas». Palavras de Joaquim Serrano, presidente da comissão de acompanhamento da construção do lar, cuja primeira pedra é lançada na segunda-feira.
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Entusiasmado com o projecto, Joaquim Serrano sublinha que, face à realidade que se vive em Alfarelos e numa perspectiva de futuro, o Centro Social «entendeu por bem construir um lar».
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Em causa está uma estrutura que vai receber 30 utentes, distribuídos, esclarece aquele responsável, «por duas alas», uma das quais «vai ficar dotada com 10 quartos individuais e com quarto de banho privativo» e uma segunda ala, que vai funcionar com mais 10 quartos, mas desta feita duplos, destinados essencialmente a casais.
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O projecto foi feito, está aprovado e a primeira pedra vai ser lançada na segunda-feira, numa cerimónia marcada para as 11h00, que conta com a presença, entre outras individualidades, do presidente da Câmara Municipal de Soure, João Gouveia, e de um representante da Segurança Social.
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O investimento global, incluindo a construção e o equipamento, cifra-se, de acordo com Joaquim Serrano, na casa do milhão de euros. Através do programa PARES, o centro irá garantir cerca de 400 mil euros e, provavelmente a Câmara de Soure também irá dar algum apoio, afirma Joaquim Serrano, sublinhando a postura solidária da autarquia. A restante verba é garantida pelo Centro Social, através do recurso ao crédito bancário. O centro conta ainda, como tem sido hábito, com o apoio dos beneméritos da freguesia.
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Quanto à obra, a cargo da Sociedade de Construção do Oeste, Lda., uma empresa de construções do Louriçal (Pombal), vai arrancar de imediato, uma vez que, «os estaleiros já estão a ser montados», refere Joaquim Serrano. O empreiteiro tem, após a assinatura do auto de consignação, 540 dias para proceder à entrega da obra, o que significa, de acordo com as contas do presidente da comissão de acompanhamento, que o lar estará concluído no Verão de 2009, ou seja, dentro de ano e meio.
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Projecto pioneiro
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Com este projecto, o Centro Social de Alfarelos não apenas dá resposta a uma necessidade da população local, relativamente à assistência à terceira idade, como abre um novo ciclo nos serviços que presta à comunidade. Isto porque já tem em funcionamento as valências de creche, jardim-de-infância e ATL (actividades de tempos livres), envolvendo um total de 96 crianças. A estes serviços, prestados aos mais novos, o centro social junta, ainda, a assistência domiciliária aos idosos. «Actualmente apoiamos 132 pessoas», refere Joaquim Serrano, sublinhando o serviço prestado ao nível do fornecimento de refeições, mas também de higiene e limpeza, seja das habitações, seja dos próprios idosos, bem como outros pequenos serviços que o centro assegura, no sentido de garantir uma melhor e maior qualidade de vida aos seus utentes.
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Com esta experiência acumulada, o centro reuniu o “know how” necessário para sonhar mais alto e, para além da assistência domiciliária aos mais velhos, prepara-se agora para dar início a um novo serviço, este de carácter residencial.
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«As necessidades são muitas», assegura Joaquim Serrano que antevê, desde já, que a capacidade do lar rapidamente seja esgotada. Relativamente aos critérios de admissão, aquele responsável afirma que o centro está à espera de conhecer as normas que a Segurança Social estabelece para este tipo de valência para, então, a partir daí, elaborar o regulamento interno da instituição.
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Este lar, um serviço pioneiro que vai nascer na freguesia, vai chamar-se “Casa do Serrado”, nome pelo qual é conhecida a zona onde vai ficar implantado, junto à sede do centro social, perto do cemitério.
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A propósito e meio a sério meio a brincar, o presidente da comissão de acompanhamento refere a vontade existente em alterar o nome daquela artéria, mudando a toponímia actual, de rua do Cemitério para rua da Alegria. Uma designação que estaria muito mais apropriada para o local, no entender de Joaquim Serrano. No mesmo tom bem disposto, lembra que a rua onde está o cemitério é um hino à liberdade, pois dá pelo nome de 25 de Abril. «Penso que não será difícil sensibilizar o presidente da câmara para este pormenor», remata.
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