Andor em pinhões nas festas do Espírito Santo

. domingo, 27 de maio de 2007
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São necessários entre 350 mil e 400 mil pinhões para enfeitar o andor que hoje sai à rua na festa do Espírito Santo. Uma iniciativa antiga que a população se esforça por não deixar morrer.É que, se isso acontecer, o ramo é enterrado e nunca mais volta a ser enfeitado.
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A tradição é antiga e mobiliza dezenas de pessoas da freguesia que, durante meses, andam numa verdadeira azáfama a apanhar pinhas e a juntar muitos, muitos pinhões. Tantos que têm de chegar para enfeitar o andor que hoje sai à rua nas festas do Espírito Santo, uma aldeia na freguesia de Soure.
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Com efeito, desde Janeiro que a comissão de festas, composta por cinco casais, e grande parte da população, se tem juntado, ao domingo à tarde, para preparar os pinhões que vão enfeitar o andor, ou “ramo” como lhe chamam. Um processo que requer muita paciência e «dá muito trabalho», diz António Ferreira, da comissão de festas deste ano. E explicando conta que em Novembro as pinhas são apanhadas e ficam a secar até Janeiro, altura em que começa o trabalho de recolha dos pinhões. As pinhas são queimadas e abertas para se retirarem os pinhões que são partidos, escolhidos e limpos e enfiados em linha de um metro cada. «São necessários entre 350 mil e 400 mil pinhões e 800 metros de fio», conta António Ferreira, sublinhando que, este ano, foram envolvidas neste processo cerca de 40 pessoas. Começa então todo o trabalho de enrolar os fios de pinhões no “ramo” que, enfeitado ainda com duas pombas (uma delas também em pinhão) sai hoje à rua durante a procissão, «representando o Espírito Santo».
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As festas começaram na sexta-feira e terminam na segunda--feira, mas é hoje que acontece o seu ponto alto, com a procissão, pelas 15h00, que atrai muitos visitantes. Não tantos quantos a comissão desejaria, até porque esta é uma festa que, lamenta o mordomo, «ainda não é muito conhecida». No último dia são eleitos os mordomos do próximo ano, a quem é entregue o “ramo” que é desmanchado e oferecido à população. «Distribuímos as fiadas de pinhões e uma fatia de bolo por todas as pessoas que contribuíram para a realização da festa», explica António Ferreira.
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Sem saber exactamente quais as origens desta iniciativa, até porque não existe grande tradição de apanha de pinhão no concelho de Soure, António Ferreira garante, no entanto, que esta é uma festa «muito antiga e muito pouco conhecida». «Pelo que investiguei existe, pelo menos, há 350 anos», afirma. Mas certo será, pelo menos, que a tradição se tem cumprido ano após ano. Até porque, «diz-se que quando não houver ninguém para agarrar no “ramo” ele enterra-se no cemitério e acaba», explica, adiantando que, até hoje, isso nunca aconteceu.

Fisco passou a pente fino uma suposta casa de alterne em Soure

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Registos de caixa, folhas de pagamentos, cartões de consumo e comissões das alternadeiras estiveram na mira dos inspectores das Finanças numa operação realizada na madrugada de ontem.
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Vários estabelecimentos de diversão nocturna na zona de Coimbra, Soure e Figueira da Foz foram alvo, na madrugada de ontem, de uma acção conjunta da Direcção de Finanças de Coimbra, Polícia Judiciária e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Ao todo, terão sido fiscalizados cerca de meia dúzia de estabelecimentos, todos eles conotados com a prática de alterne.
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Mais do que a fiscalização da alegada prática de prostituição, esta acção esteve essencialmente direccionada para a questão fiscal, com a presença de seis inspectores da Direcção Geral dos Impostos que, como refere uma nota ontem divulgada, recolheram «elementos para controlo do volume de negócio e respectiva tributação fiscal». «Foram detectadas diversas irregularidades, designadamente no que se refere ao registo e emissão de talões de caixa, por não respeitarem os quesitos legais, bem como diferenças nas contagens efectuadas», refere o mesmo documento. Ao que apurámos, por um lado, o dinheiro que estava nas caixas era bem superior ao registado e, por outro, as empresas não estariam a efectuar o necessário apuro dos registos, algo que tem de ser feito diariamente e em alguns casos não seria feito mesma há algumas semanas.
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Os inspectores das finanças - com o apoio da Polícia Judiciária (participou com 18 inspectores) e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (4 inspectores) – identificou ainda todos os clientes presentes, trabalhadores e colaboradores, apurando, por exemplo, qual a comissão recebida pelas colaboradoras relativamente às bebidas que os clientes lhes pagam. Em alguns casos, ficaram mesmo registados os consumos apurados nos cartões de clientes identificados.
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O objectivo da recolha de todos estes elementos é, naturalmente, verificar se todos os impostos estariam a ser declarados e pagos, pelo que alguns dos responsáveis das empresas foram notificados para, no prazo de 10 dias, entregarem listagens de trabalhadores e colaboradores, com os respectivos mapas de pagamentos. Pelos dados recolhidos durante a operação, já foi possível detectar «irregularidades nos registos de remunerações». No total, para já, foram levantados três autos de notícia pela Inspecção Tributária, que podem dar origem a coimas.
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Como refere ainda o comunicado das Finanças de Coimbra, «do controlo a cidadãos estrangeiros resultou a detenção de dois cidadãos (um do sexo masculino e outro do sexo feminino), por permanência ilegal no país e falsificação de documentos. Foi ainda notificada uma cidadã estrangeira para abandono voluntário do país, por se encontrar em situação irregular».
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Esta operação surge na sequência de um conjunto de fiscalizações que já vinham sendo feitas pela Direcção de Finanças de Coimbra na área dos bares e da restauração, mas será a primeira no distrito a abranger as casas de alterne, fiscalizando pormenorizadamente as comissões das alternadeiras e a contabilidade dos estabelecimentos em causa.

Soure no Quadro de Referência Estratégica Nacional

. sábado, 26 de maio de 2007
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Portugal vai receber da Europa 22 mil milhões de euros
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Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional anunciou ontem em Cantanhede que Portugal vai ter um corte de 13% nas verbas comunitárias em relação ao último Quadro Comunitário de Apoio (QCA III). São cerca de três mil milhões de euros a menos.
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Rui Nuno Baleiras falava ontem na abertura da IV Semana da Solidariedade do concelho de Cantanhede, que arrancou com um seminário sobre “O Baixo Mondego em rede – concertar um futuro sustentável”, no qual o governante explanou o alcance das oportunidades que se abrem no âmbito da implementação do QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional.
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Nuno Baleiras começou por sugerir a potenciação desta plataforma de rede, que abrange os concelhos de Cantanhede, Coimbra, Montemo-o-Velho, Figueira da Foz, Penacova, Condeixa-a-Nova, Soure e Mira, explicando que para executar com sucesso o QREN é necessária uma «nova engenharia de projectos», sustentando que há mais regiões e populações a beneficiar destes recursos, embora – sustentou -, «persistam problemas estruturais na economia, na sociedade e no território».
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Apesar de no último QCA III (2001/2007) Portugal ter recebido de Bruxelas 25,895 mil milhões de euros e no próximo QREN (2007/2013) ir receber apenas 22,25 mil milhões de euros (uma perca de 13%, cerca de três mil milhões de euros), Nuno Baleiras considera este resultado «extremamente favorável», passando, depois, a explanar os princípios para o QREN e PO – Programa Operacional.O responsável pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional sustenta que a política redistributiva «é a resposta às assimetrias regionais de desenvolvimento», e que é preciso manter «um nível de coesão territorial». Para isso tem de haver uma visão moderna e dois vectores essenciais: «Coesão e competitividade territorial», sublinha o governante.
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Como vectores operacionais para os princípios do QREN, Nuno Balteiro considera imprescindível a selectividade nas escolhas de acções a apoiar; a viabilidade económico-financeira dos projectos de investimento; a coesão e valorização territoriais, «potenciando os factores de progresso específicos de cada região»; e contribuindo para o desenvolvimento sustentável «e regionalmente equilibrado de todo o país».
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Considerando os municípios «fazedores do desenvolvimento», o secretário de Estado assegura que o desafio das políticas públicas principais devem assentar «na transversalidade e integração das intervenções», ou seja, «assegurar a qualificação do território e das cidades» e aumentar «a eficiência da governação».
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Exclusão social é um drama individual
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O presidente do município de Cantanhede abriu a sessão (leia-se, também, abertura da Semana da Solidariedade) começando por traduzir o reconhecimento da validade da estrutura adoptada nesta proposta de reflexão e discussão «de um assunto que exige diferentes ângulos de abordagem», por um lado, e porque constitui um estímulo para os responsáveis das entidades com intervenção nesta área (social) «para avançarem decisivamente na operacionalização da unidade orgânica de carácter regional».
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João Pais de Moura sublinhou a participação activa dos municípios que integram a plataforma supraconcelhia do Baixo Mondego na organização deste seminário, e sustentou que a administração central «não pode deixar de estar disponível» para equacionar as suas posições nas tomadas de decisão numa área tão sensível como é a área social.
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«A exclusão social é, em primeiro lugar, um drama individual», enfatizou o edil de Cantanhede. Daí que, sem iludir a necessidade de corrigir assimetrias regionais, «os programas de inclusão e desenvolvimento social devam proporcionar respostas onde quer que esses fenómenos tenham expressão», acentuou.
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Pais de Moura colocou ênfase nas instâncias que têm responsabilidade de gerir os programas e os recursos financeiros destinados à área social e, nessa perspectiva – pese embora a indefinição que subsiste sobre o QREN -, afirmou querer acreditar que se vão abrir boas oportunidades «para cumprirmos aquele que é o maior desígnio de quem cumpre funções autárquicas: promover o desenvolvimento e coesão social».
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A este propósito, o autarca abordou a realidade do município de Cantanhede, não deixando de aproveitar a oportunidade para enaltecer o espírito de cooperação que tem pautado o envolvimento das IPSS’s de outros agentes sociais.
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«Foi através desta parceria que a autarquia avançou com o Plano de Desenvolvimento Social, a partir do diagnóstico social sobre a realidade do concelho», explicou Pais de Moura, certo que surgirão novos caminhos para a cooperação estratégica entre os municípios que integram a plataforma Baixo Mondego do programa Rede Social «para concertar um futuro sustentável».Esta IV Semana da Solidariedade vai decorrer até ao próximo dia 1 de Junho através de várias iniciativas, a próxima das quais já amanhã, domingo, nos claustros dos paços do concelho, às 10h30, com a realização de um Bebé Concerto dirigido a crianças dos três meses aos três anos de idade.

24 jovens (6 jovens do município de Soure) vão a tribunal responder por 125 assaltos

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Gang rouba 80 carros
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A média de assaltos era superior a uma dezena por mês. Só automóveis furtados foram 80. Depois, atacavam em cafés, escolas, colectividades, armazéns ou unidades de saúde. O gang, composto por 24 jovens, actuou entre as Caldas da Rainha e Aveiro, foi desmantelado e vai ser julgado em Junho, no Tribunal da Marinha Grande.
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Os prejuízos provocados pelo grupo são elevados. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), divulgada ontem pelo jornal ‘Região de Leiria’, os arguidos actuaram entre Março de 2004 e Fevereiro de 2005 e não olharam a meios para atingir os fins.
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Furtavam as viaturas para vender às peças ou simplesmente para se divertirem a altas velocidades. Quando já não queriam os veículos, abandonavam-nos danificados ou destruíam-nos como complemento da diversão.
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Um dos carros foi atirado para um rio, três foram incendiados e 13 estiveram envolvidos em acidentes de viação.
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Os automóveis eram furtados durante a noite, quase sempre em zonas habitacionais pouco iluminadas ou parques de estacionamento de estabelecimentos de diversão nocturna.
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De acordo com o MP, o gang era liderado por um homem de 24 anos, natural de Leiria, e tinha normas de actuação bem definidas. Os operacionais recebiam instruções para conduzir a alta velocidade, para não serem seguidos.
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Sempre que recorressem a caixas de multibanco para levantar dinheiro com cartões furtados, deviam escolher equipamentos sem sistema de videovigilância. Todos deviam usar luvas e gorros.
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O produto dos assaltos seria canalizado para o líder, que tratava da sua venda e posterior divisão dos lucros.
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O grupo começa a responder em Tribunal a 25 de Junho, num processo que envolve mais 11 arguidos – indiciados por outros ilícitos criminais – e 175 testemunhas de acusação. A acção criminosa dos jovens estendeu-se a 16 concelhos da zona Centro.
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TRIBUNAL PEDE SALA EMPRESTADA
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O elevado número de arguidos, testemunhas e advogados impede que o julgamento se realize nas instalações do Tribunal Judicial da Marinha Grande, estando as audiências previstas para o auditório da Biblioteca Municipal. O agendamento das sessões prolonga-se até ao mês de Setembro e uma delas terá de se efectuar em Agosto, já que os julgamentos não podem ser interrompidos por períodos superiores a 30 dias. Dos muitos lesados pela acção deste grupo, alguns manifestaram intenção de deduzir um pedido de indemnização cível. Entre os queixosos está o Estado, que quer ser ressarcido em perto de 5000 euros pelos furtos e danos provocados em escolas de Soure e Óbidos. O lote de arguidos inclui apenas duas mulheres. As idades oscilam entre os 16 e os 29 anos. São acusados, entre vários crimes, de furto simples, furto qualificado, introdução em lugar vedado ao público, dano, receptação, burla informática, auxílio material e condução perigosa, em co-autoria. Alguns suspeitos respondem também por tráfico ilícito de estupefacientes e falta de habilitação legal para condução de veículos automóveis. A maioria dos acusados (23) tem residência no concelho de Leiria.
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FIZERAM CINCO FURTOS NUMA SÓ NOITE
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A actuação do gang teve início com o furto de um automóvel em Alcobaça, em Março de 2004, e só parou em Fevereiro do ano seguinte, após a intervenção das forças policiais. Pelo meio, os jovens são acusados da prática de pelo menos 125 assaltos, nos concelhos de Alcobaça, Ansião, Aveiro, Azambuja, Batalha, Caldas da Rainha, Coimbra, Figueira da Foz, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Óbidos, Ourém, Pombal, Porto de Mós e Tomar. Só numa noite, terão sido responsáveis por cinco furtos. Além dos 80 carros furtados, o grupo está indiciado por furtos em cafés, colectividades, estabelecimentos comerciais, num pavilhão gimnodesportivo e num hospital. Nem uma retroescavadora escapou, apesar da maioria dos elementos do gang não estar habilitado com carta de condução.
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PROCESSO
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PRISÃO
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À data do despacho de acusação, três arguidos estavam em prisão preventiva. Dois encontravam-se em prisão domiciliária e outros dois sujeitos a apresentações periódicas.
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INVESTIGAÇÃO
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O processo resulta da apensação de outros 142 processos, numa investigação conduzida pela Procuradoria da República de Leiria. O despacho de acusação tem 336 páginas.
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CENTRO
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Do total de indivíduos acusados pelo Ministério Público, 23 têm residência no concelho de Leiria. Seis habitam no município de Soure, três na Batalha, dois em Fátima e um na Marinha Grande.
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ESCOLHA
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O recrutamento dos elementos do gang e a escolha dos veículos a furtar era feita pelo líder do grupo, um homem agora com 24 anos.

Vinha da Rainha brilha no ‘nacional’ de remo indoor

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Encontro reuniu cerca de 90 atletas séniores
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Realizou-se no passado dia 5 de Maio, na Vinha da Rainha (Soure) o primeiro encontro nacional de Remo Indoor para “Seniores +” (atletas com idades superiores a 65 anos). Este evento foi organizado pela Associação da Vinha da Rainha, em conjunto com a Federação Portuguesa de Remo, e contou com a presença de aproximadamente 90 atletas de sete clubes. Para além dos atletas presentes realce para o facto desta iniciativa ter contado com a presença do presidente da Federação Portuguesa de Remo, do vice-presidente da Associação de Remo da Beira Litoral, do vice-presidente do Município de Soure e do presidente da Junta de Freguesia da Vinha da Rainha.
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A INICIATIVA insere-se na estratégia da Federação Portuguesa de Remo de dinamizar actividades dirigidas a um estrato etário que, até agora, tem sido esquecido pelas entidades que superintendem o desporto nacional. O convite dirigido à Associação da Vinha da Rainha, para a organização deste encontro, deveu-se ao facto desta ter sido a primeira instituição federada, especificamente direccionada para a área “sénior +”. Do programa deste encontro nacional constaram, durante a manhã, a realização de jogos tradicionais (como actividades de recepção aos atletas inscritos), treino de preparação para a competição e competição masculina e feminina. Porque o desporto é também convívio, seguiu-se um almoço na sede da associação local. Da parte da tarde realizaram-se as cerimónias de atribuição dos prémios e convívio entre os participantes.
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A COMPETIÇÃO feminina foi inteiramente dominada pelas atletas da associação anfitriã, que conquistaram as três primeiras posições: 1º lugar – Alice Costa, 2º lugar – Silvina Rolo e 3º lugar – Encarnação Jorge. Na competição masculina os dois primeiros lugares foram, também, para atletas da Vinha da Rainha, respectivamente para Manuel Gonçalves (1º lugar) e Urbano Miranda (2º lugar), cabendo a terceira posição a Ângelo Costa, atleta do Centro Social de Alfarelos. Realce ainda para o galardão de atleta mais idosa em competição, oferecido a Rosa Marques, da Associação da Vinha da Rainha, que com os seus 92 anos mostrou que todas as idades são boas para prática desportiva.

Acidente com encarcerados em Santo Isidro

. domingo, 20 de maio de 2007
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O acidente ocorrido cerca das 14h em Santo Isidro tratou-se de uma colisão entre um veículo pesado e um ligeiro.
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O veículo pesado tratava-se de um autocarro.
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Desta colisão resultaram dois feridos, estando um deles em estado grave.
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No local, estiveram os Bombeiros de Soure com 3 viaturas e 12 elementos. A VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) e a GNR também se deslocaram ao local. Para proceder ao socorro e desencarceramento das vítimas a estrada esteve cortada durante 2 horas.

Marca Sicó ganha identidade regional

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A ExpoSicó 2007, a montra dos produtos endógenos das Terras de Sicó, foi ontem inaugurada no Rabaçal, com a certeza de que os seis municípios que compõem a região continuarão unidos na promoção dos seus produtos e implementação da marca Sicó.
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Volvidos 19 anos da criação da Associação de Municípios da Serra de Sicó (Adsicó), os seis municípios fundadores, Condeixa-a-Nova, Pombal, Alvaiázere, Penela, Ansião e Soure, mantêm grande união na prossecução do objectivo de promoverem a sua sub-região, mesmo lutando contra divisões administrativas adversas.
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A certeza foi ontem dada pelo vice-presidente da Adsicó, Fernando Marques, durante a cerimónia de abertura da ExpoSicó, que este ano decorre no Rabaçal, concelho de Penela, integrando-se numa das iniciativas da associação, que é a criação de uma Rota da Romanização, que inclui, para além do Rabaçal, Conímbriga (Condeixa) e Santiago da Guarda (Ansião).O edil de Ansião congratulou-se pelo facto dos autarcas mais novos terem já «interpretado» a filosofia e objectivos dos fundadores da Adsicó, e pelo «grande empenho que as autarquias têm posto na associação.
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Queixoso das dificuldades criadas pelas divisões administrativas do país, Fernando Marques garantiu que «continuamos a ser e seremos a sub-região das Terras de Sicó».
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Como fez questão de explicar, a associação é composta por três concelhos do distrito de Leiria e outros três do distrito de Coimbra, questão que só por si sempre levantou alguns problemas.
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Actualmente a situação é ainda mais difícil, uma vez que «este Governo tem a filosofia das NUT III», que faz com que os municípios das Terras de Sicó estejam espartilhados por três regiões administrativas diferentes, Pinhal Interior Norte, Pinhal Litoral e Baixo Mondego, obrigando a uma «dispersão na busca de financiamentos».
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Contudo, todos os responsáveis são unânimes em referir que a região é rica em termos de produtos endógenos, património e paisagem, continuando o esforço de promoção, nomeadamente turística.
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“Valores que nãose podem perder”
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O anfitrião, Paulo Júlio, salientou todos estes aspectos a que somou «as gentes do Rabaçal, que representam as pessoas das Terras de Sicó». «Têm valores que não se podem perder», defendeu, afirmando acreditar que «seremos capazes de fazer a diferença e criar um território onde valerá a pena viver».
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A ExpoSicó, onde estão representados os produtos endógenos de Sicó, como seja o Queijo do Rabaçal, os vinhos, cabrito e borrego, assim como o azeite e o mel, é, para o presidente da Região de Turismo do Centro, «uma iniciativa de reconhecido valor estratégico ao nível do turismo», sendo mais um passo «na afirmação na região, em primeira instância, e depois no país».
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Pedro Machado lembrou que as previsões de crescimento do turismo são muito positivas, alertando os autarcas para estarem preparados. Neste sentido elogiou o trabalho que está a ser feito, referindo que «a marca Sicó está a dar passos para se afirmar». «Apenas precisa de notoriedade, porque as pessoas e os produtos já cá estão», garantiu.
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A ExpoSicó 2007, que termina hoje, na ruas do Rabaçal, inclui a XIX Feira do Queijo Rabaçal, a IX Mostra de Vinhos “Terras de Sicó”, a VII Prova do Cabrito e Borrego de Sicó e a III Mostra do Azeite e Mel Serra de Sicó.
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No âmbito da animação cultural e desportiva, cerca de uma centena de figurantes recriou, ontem à noite, um cortejo romano.
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Hoje, realiza-se a Rota do Queijo Rabaçal, em carros antigos, com partida, pelas 10h30, de Ansião, assim como o IV Grande Prémio Terra de Sicó, em Ciclismo, ligando o castelo de Pombal ao Rabaçal.Às 11h30, tem lugar o VII Festival Nacional de Folclore do CSP do Rabaçal, realizando-se à tarde, pelas 15h00, o XIX Festival de Folclore Serra de Sicó.

A cultura como factor de união

. quinta-feira, 17 de maio de 2007
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Não perdendo o fio à tradição – cumprindo a estratégia (há muito) escolhida –, os responsáveis de Soure voltam a unir esforços em prol do conhecimento. Até ao próximo domingo
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.Ao contrário do que tantas vezes acontece, a Semana do Livro e da Cultura de Soure arrancou sem falsas modéstias (pretensiosa até), com objectivos bem definidos. Uma década depois, o resultado da ambição está (bem) à vista. A iniciativa, da responsabilidade da Câmara Municipal, tornou-se – não só na localidade, mas em toda a região – num incontornável marco de cultura.
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Seguindo a tradição do passado, respeitando as exigências do presente (e garantido o saber para o futuro), a 10.ª Semana do Livro e da Cultura de Soure oferece aos locais e visitantes um sem número de ofertas, passando pela leitura, música, teatro, exposições e até desporto.Na apresentação, ontem realizada, no Auditório da Biblioteca Municipal, foi, de facto, perceptível a dimensão alcançada pelo evento. As presenças de dirigentes, das mais variadas áreas, mas também de anónimos, que lotaram, por completo, o espaço, é exemplificativo da importância desta organização.
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A vereadora Ana Treno destacou a “necessidade de se reforçar a coesão concelhia, tal como tem sido feito pelo executivo camarário ao longo dos últimos anos”, com recurso a este tipo de iniciativas. Esta é, aliás, a melhor forma para a tão desejada informação chegar à população, reunindo-a em torno de um conjunto de valores comum. Já o presidente João Gouveia destacou, mais uma vez, “o êxito alcançado ao longo das várias edições”, sublinhando ainda o carácter “insaciável em termos programáticos”, que tem garantido a evolução (em termos qualitativos) desta semana.
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O governador civil, Henrique Fernandes, considerou “ser fundamental existirem iniciativas deste género, naquilo que deve ser um combate à ignorância e a promoção do conhecimento”.A festa prossegue até domingo, em vários pontos: Praça Miguel Bombarda, Biblioteca Municipal, Sala de Espectáculos da Misericórdia, Espaço Multiusos – Soure 1111, Centro Paroquial e Câmara Municipal. Como ponto alto, há a destacar a Feira do Livro (já ontem inaugurada, na Praça Miguel Bombarda) e a Feira à Moda Antiga (no último dia da semana, no Largo do Castelo).

JAZZ em Soure

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O Portugal Jazz – Festival Itinerante de Jazz estará hoje e amanhã em Soure, com um concerto didáctico e a apresentação do Quarteto de Jorge Queijo.

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O Portugal Jazz – Festival Itinerante de Jazz, uma iniciativa desenvolvida pelo Jazz ao Centro Clube, de Coimbra, com algumas importantes parcerias, já teve início.

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Hoje mesmo, o Portugal Jazz chega a Soure, com o concerto didáctico – "O Jazz visita as Escolas" – a decorrer no Centro Paroquial, às 14H00. Pedro Costa é o animador e Rodrigo Amado explicará a sua relação com o saxofone.Amanhã, às 22H00, o Quarteto de Jorge Queijo irá apresentar-se em concerto no átrio da Câmara Municipal de Soure. Além de Jorge Queijo (bateria), fazem o quarteto os músicos Serafim Lopes (guitarra), José Fidalgo (contrabaixo) e Ivan Silvestre (saxofone).

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O regresso às origens... jazz... standard... improvisação... comunicação... divertimento. Estas são as características mais marcantes do quarteto que amanhã se apresenta em Soure, buscando nas origens do jazz linguagem e inovação. Porque o tempo e a criação não param e a busca das origens é permanente, o Quarteto de Jorge Queijo, inspirado nas correntes de jazz dos anos 50 e 60, leva ao público um espectáculo aliciante e que chega facilmente ao ouvinte menos atento ao jazz. Porque o ouvido também se educa.

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Jorge Queijo é licenciado em Jazz pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE) e Engenharia Geográfica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Frequentou workshops de improvisação, bateria e de formação de animadores musicais, entre outros, com Rodrigo Amado, Carlos Bica, Frank Möbus, Herb Robertson, Chris Lough, Wolf Reichert, Tom Sayek, Steve Sweel, Peter Erskine, Billy Hart, Marc Miralta, Matt Wilson e Paul Griffiths.Realiza workshops de bateria e percussão na Casa da Música do Porto e workshops de improvisação e criatividade em escolas de ensino especializado e genérico. Como instrumentista, toca com várias formações na área do jazz e da música tradicional portuguesa. Lidera o Projecto Cheesecake, ligado à música experimental e improvisada, onde utiliza componentes electrónicas na percussão.

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No que respeita ao Portugal Jazz – Festival Itinerante de Jazz, de acordo com a organização, o objectivo de chegar a todos os municípios do país começa a ganhar forma, com mais de uma centena de câmaras já contactadas. Os números são reveladores dessa realidade: até ao dia 13 de Abril foram contactados 104 municípios de 11 distritos – Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal e Viseu. De entre estes, já adereriram ao projecto os municípios de Abrantes, Almeirim, Ansião, Coimbra, Felgueiras, Figueira da Foz, Montemor-o-Novo, Montemor-o-Velho, Penacova, Penela, Soure e Vizela.

Bombeiros que arriscaram a própria vida

. sábado, 12 de maio de 2007
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Fátima Antunes e António Serrano venceram o Prémio Bombeiros Mérito de 2006, atribuído pela Liga dos Bombeiros Portugueses, que os considera “um exemplo” e lhes agradece a dedicação. Ambos protagonizaram salvamentos onde arriscaram a própria vida.
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"PENSEI QUE PODIA FICAR ALI E MORRER"
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Fátima saltou decidida para dentro de uma viatura que caíra em cima das rochas e abanava com o rebentamento das ondas. A seu lado, a condutora, que se despistara, tentava demovê-la: “Vá-se embora. Ainda morre aqui”. Mas Fátima, bombeira há 14 anos nos Voluntários da Ericeira, manteve-se firme e durante umas duas horas, que lhe pareceram meses, pensou na vida: no marido, no filho que completara há pouco um ano... “Pensei que podia ficar ali e morrer.”
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Hoje, passado mais de um ano, sente-se orgulhosa. Ela e os colegas, bombeiros na Ericeira, salvaram a vida de Ana, uma rapariga de 19 anos, que ao volante de uma carrinha Mitsubishi L300 se despistou, na madrugada do dia 20 de Março de 2006, e foi cair à praia da Ribeira d’Ilhas.
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Ela, Fátima, socorreu Ana enquanto os colegas tentaram estabilizar a viatura. Ela, Fátima, entrou na viatura que corria o risco de ser engolida pela maré e agora viu ser-lhe reconhecido o esforço com a atribuição do Prémio Bombeiro Mérito de 2006.
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O galardão, atribuído pela Liga dos Bombeiros Portugueses, é o mais ambicionado no sector. E, como tal, Fátima nunca pensou ganhá-lo, sobretudo, num ano que bateu o recorde de inscrições, com 12 candidaturas ao prémio.
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A candidatura de Fátima foi enviada pelo comandante da corporação da Ericeira, José Manuel Pereira, que, pela primeira vez, propôs um elemento seu ao prémio, apesar dos 75 anos que a corporação já leva de vida.
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E a Liga concluiu que “Fátima Antunes interveio com risco da própria vida” e agradeceu-lhe atribuindo-lhe o galardão.
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O marido diz que “ela é uma grande maluca” e que qualquer dia ainda fica sem ela. Os pais, sobretudo a mãe, não têm consciência do risco que a filha corre na profissão que escolheu. “E ainda bem”, diz Fátima.
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“É melhor assim”, reafirma o adjunto do comando, Nuno Silva, que dirigiu as operações de salvamento naquela noite de Março e aconselhou o comandante a candidatar Fátima ao prémio de mérito.
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Hoje, Nuno diz: “Pensei, naquela noite, seriamente, que não saía de lá sem baixas. Que não conseguíamos...”
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Para os colegas “a ‘Fatinha’ é um homem”, pelas capacidades e valentia que tem, alegam, destacando os inúmeros cursos que frequentou com aproveitamento: nadador-salvador, matérias perigosas, socorro, salvamento, combate a incêndios, condução todo-o-terreno...
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DESENCARCERAMENTO
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A viatura caiu de uma ravina e ficou suspensa nas rochas ao sabor da maré. Lá dentro estava Ana, de 19 anos.
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PERFIL
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Maria de Fátima Ferreira Antunes completa 34 anos no próximo dia 7. Nasceu em Lisboa, mas cedo foi morar para a Ericeira, onde ainda reside na aldeia de Fonte Boa dos Nabos. Casada, é mãe de um menino com dois anos e quatro meses, que adora visitar o quartel e entrar nas viaturas de socorro. Mas “ele será o que quiser”, frisa reconhecendo-lhe já um gosto pela sua profissão.
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Fátima, ‘Fatinha’ para os amigos e colegas, sempre se sentiu atraída pelos bombeiros, nas só ingressou na profissão depois de ter sido despedida de um fábrica de bolos secos que faliu. E o primeiro quartel em que entrou foi o da Ericeira, onde ainda permanece.
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"TRATEI DE TODOS COMO MEUS FILHOS"
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Se há pessoas que nascem com uma vocação, António Serrano é uma delas. Começou a fugir para o quartel dos Bombeiros Voluntários de Soure ainda criança, conquistou o lugar de ‘moço de recados’ até ter idade para ingressar no corpo activo e transformou-se num herói da corporação.
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Aos 34 anos, o homem simples e recatado da aldeia de Simões, concelho de Soure, foi escolhido pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para receber o Prémio Bombeiro Mérito de 2006, em ‘ex-aequo’ com Fátima Antunes.
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“Não contava com uma coisa destas porque foi tudo um trabalho de equipa, mas é um prémio motivante”, referiu ontem António Serrano ao CM, recusando ficar sozinho com os louros da distinção.
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No anúncio da atribuição do prémio, a Liga realça o altruísmo do bombeiro de 1.ª classe, ao pôr em risco a própria vida para assegurar a evacuação de 52 crianças e de dois adultos de um autocarro escolar que estava a ser arrastado por uma enxurrada, em Outubro de 2006.
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Na viatura seguia o seu filho, mas António Serrano agiu “com elevado sentido de dever, sem cuidar de salvar ou exigir que o salvassem em primeiro lugar”, refere a LBP. “Só fiz o que tinha de fazer. Era injusto tirar o meu filho em primeiro lugar. Por isso, olhei a todos como se fossem meus filhos”, afirma o bombeiro.
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António Serrano fez parte da primeira equipa de socorro e já sabia que o filho, de 11 anos, estava dentro do autocarro porque tinha estado em contacto telefónico com ele. Mas, em vez de dar preferência ao seu único descendente, aproveitou o contacto por telefone para lhe dar instruções tranquilizadoras. “Nós éramos muitos e, apesar do perigo, estávamos a actuar com confiança. Disse-lhe para não ter medo e para acalmar os colegas.” Os estudantes mais novos foram os primeiros a ser retirados pela parte traseira da viatura “e o meu foi para aí o nono ou o décimo a sair”, recorda o novo herói de Soure.
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Atento à atitude filantrópica do seu operacional, o comandante da corporação, Carlos Luís, elaborou um relatório da acção de salvamento e enviou-o à Liga. E o prémio chegou. “É o reconhecimento do nosso trabalho”, diz o comandante.
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Quando receber o galardão, a 26 de Maio, no Casino Estoril, António Serrano ainda não sabe a quem o vai dedicar ou se vai discursar. O que sabe é que continuará a agir com abnegação para poder ajudar o próximo em todas as missões.
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ENXURRADA
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O autocarro escolar despistou-se e foi arrastado pela água. O resgate das 52 crianças e dois adultos foi difícil e arriscado.
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PERFIL
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António José Dionísio Gonçalves Serrano, de 34 anos, nasceu em Soure, é casado e tem um filho de 11 anos. Estudou até ao 9.º ano e nos tempos livres aproveitava para visitar os amigos no quartel dos Bombeiros Voluntários de Soure. Aos dez anos, como não tinha idade para ingressar na corporação, deixavam-no fazer alguns recados. Em 1989, conseguiu finalmente ser bombeiro. É assalariado e está em regime permanente do quartel. “É o que gosto de fazer e não trocava esta profissão por nada”, diz, sem saber explicar de onde lhe veio a paixão pela actividade dos bombeiros. “O que nos motiva é o comando e a equipa que nos acompanha”, refere.

A1: despiste congestiona trânsito

. sexta-feira, 4 de maio de 2007
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Acidente aconteceu na zona de Soure no sentido Norte-Sul
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Um automóvel despistou-se hoje na A1, na zona de Soure, o que está a congestionar o trânsito no sentido Sul- Norte, informou o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.
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A fonte do CDOS disse à agência Lusa que a viatura ligeira despistou-se e capotou, às 18:40, ocupando as duas faixas de rodagem, o que obriga os veículos que seguem para Norte a circular lentamente pela berma.
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Uma fonte da Brigada de Trânsito confirmou que não se registaram feridos, mas que a deslocação de meios de socorro para o local está a dificultar a circulação.