Quanto vale uma galinha poedeira? Uma limpeza de pele, a medição da tensão arterial e tecido para uma saia. É assim no mercado solidário da Granja do Ulmeiro, uma aldeia vizinha de Soure, onde, em vez dos euros, os aldeãos trocam granjas, a moeda comunitária de papel colorido.
Dois quilos de batatas. Um molho de alhos. Um saco de milho de freira. "Tenho aqui muita coisa", exibe o senhor António, o único homem entre 40 mulheres. "Ora muito boa tarde!". Casaco roxo, calça branca, sapato roxo. É dona Piombina quem se faz anunciar. Traz uma abóbora debaixo do braço.
Chega agora Emília. Vem com um grande pano debruado a croché. "Sra. Emília, não vai haver granjas no mercado para pagar isto", brinca Andreia, a moça que coloca os rótulos nos artigos. Sábado à tarde. O relógio marca três horas. O mercado solidário está prestes a começar.
In Jornal de Negócios Online
Dois quilos de batatas. Um molho de alhos. Um saco de milho de freira. "Tenho aqui muita coisa", exibe o senhor António, o único homem entre 40 mulheres. "Ora muito boa tarde!". Casaco roxo, calça branca, sapato roxo. É dona Piombina quem se faz anunciar. Traz uma abóbora debaixo do braço.
Chega agora Emília. Vem com um grande pano debruado a croché. "Sra. Emília, não vai haver granjas no mercado para pagar isto", brinca Andreia, a moça que coloca os rótulos nos artigos. Sábado à tarde. O relógio marca três horas. O mercado solidário está prestes a começar.
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